O governo da Nigéria e o grupo radical islâmico Boko Haram anunciaram esta sexta-feira ter chegado a um acordo que prevê um cessar-fogo e a libertação das mais de 200 meninas sequestradas há seis meses numa escola da aldeia de Chibok, no Nordeste do país.
O sequestro ocorreu no dia 14 de abril, quando militantes do Boko Haram entraram na escola e, após incendiar o local, levaram 270 meninas em 20 camiões e cerca de 30 motociclos.
Algumas conseguiram fugir ou foram libertadas, mas 219 continuam em cativeiro.
O governo nigeriano foi muito criticado, quer internamente quer noutros países, pela sua incapacidade de resolver a situação, encontrar as raparigas e libertá-las.
A campanha #BringBackOurGirls conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas no abaixo-assinado online que ajudou a manter o caso nos noticiários internacionais.
Atá a mediática primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, publicou em maio uma foto a segurar num poster com a mensagem #BringBackOurGirls.
A foto teve grande repercussão e atraiu a atenção e o apoio de várias personalidades.
Ify Elueze, a jovem nigeriana de 23 anos que iniciou a campanha, disse que está “extremamente animada com a notícia e optimista, mas cautelosa”.
Ify agradeceu as assinaturas que o abaixo-assinado recolheu e realçou que a libertação das meninas não teria sido possível se as pessoas de todo o mundo não tivessem levantado a voz para exigir que o governo nigeriano e os governantes de vários países fizessem todo o possível para as trazr de volta a casa.
“Os meus pensamentos estão com as meninas nigerianas e as suas famílias, enquanto elas aguardam para poder voltar para casa. Mal posso esperar para podermos dizer #WeBroughtBackOurGirls“, diz Ify Elueze.
ZAP / Agência Brasil