Um juiz de Nova Iorque, Estados Unidos, manteve hoje a queixa judicial de uma norte-americana contra o príncipe André, Duque de York (Reino Unido), por agressão sexual quando a queixosa era menor, recusando uma moção de rejeição.
Na decisão, o juiz Lewis Kaplan decidiu que a moção de rejeição da ação civil apresentada no verão de 2021 por Virginia Giuffre, uma das vítimas dos crimes sexuais do empresário multimilionário norte-americano Jeffrey Epstein, deve ser “negada em todos os aspetos”.
Segundo a queixa, as alegadas agressões sexuais pelo do segundo filho da Rainha de Inglaterra aconteceram em 2001, quando Giuffre tinha 17 anos.
O príncipe, de 61 anos, tem estado sob escrutínio nos últimos anos devido aos seus laços com Jeffrey Epstein, que morreu na prisão em 2019, e a antiga companheira deste, Ghislaine Maxwell.
A defesa defendeu a rejeição desta queixa com base no facto de Virginia Giuffre ter assinado um acordo em 2009 com Epstein para não o processar a ele ou a “outros potenciais arguidos”, argumento que foi rejeitado pelo juiz na decisão de terça-feira, tornada pública hoje.
O príncipe enfrenta acusações criminais neste caso e sempre negou veementemente as acusações de Giuffre.
Segundo o juiz, se todos os recursos do príncipe André se esgotarem, um julgamento civil pode ser realizado “entre setembro e dezembro” de 2022, no outono de 2021.
À Associated Press, os advogados do duque de York não responderam a mensagens a solicitar um comentário, enquanto o Palácio de Buckingham disse não comentar a “questão jurídica em curso”.
Epstein, de 66 anos, alegadamente suicidou-se numa cela da prisão de Manhattan em 2019, enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual, enquanto Ghislaine Maxwell, de 60 anos, foi recentemente condenada por tráfico sexual e acusações de conspiração no tribunal federal de Nova Iorque.
As alegações de Giuffre contra o príncipe André não faziam parte de nenhum dos dois processos penais.
// Lusa