Dois homens estão a ser acusados no Uganda de “viverem como marido e mulher” e julgados por “atos contra a natureza”, sofrendo com a grande violência contra os homossexuais naquele país.
Kim Mukisa e Jackson Mukasa assumem-se homssexuais e dizem ambos que se amam apenas “como irmãos”, num país que em fevereiro causou a indignação internacional pela promulgação de uma “lei anti-homossexualidade“, depois anulada pelo Tribunal Constitucional.
Presos em janeiro, antes da polémica lei, Kim Mukisa e Jackson Mukasa estão a ser julgados desde maio, de acordo com o artigo 45 do código penal, sobre “relações contra a natureza” num país intolerante e onde os homossexuais são considerados a encarnação do mal pelas poderosas igrejas evangélicas.
Ninguém foi condenado nos termos deste artigo desde a entrada em vigor do código penal em 1950, segundo o Fórum para a Promoção e Sensibilização dos Direitos Humanos (HRAPF), uma organziação não-governamental (ONG) do Uganda.
Kim Mukisa e Jackson Mukasa foram presos em janeiro e libertados cinco meses depois, sob caução, não sem antes serem espancados e viverem uma situação degradante na cadeia.
Os dois rapazes já pensam em abandonar o país.
/Lusa