O presidente da Iniciativa Liberal afirmou que o partido nunca fará acordos com partidos como Chega, PS, PCP ou Bloco e que as perspetivas para as próximas legislativas são conseguir eleger entre quatro a sete deputados.
Em entrevista ao programa “Em Alta Voz”, da rádio TSF e do Diário de Notícias, e fazendo um balanço dos últimos dois anos no Parlamento, João Cotrim de Figueiredo considera que o partido fez a “diferença” e desempenhou bem o mandato que lhe foi conferido.
“Foram, talvez, uma dúzia de propostas nossas aprovadas ao longo desta meia legislatura”, recordou, considerando que a mais emblemática é a revogação do cartão do adepto.
Questionado sobre a dissolução do Parlamento que se avizinha, o deputado recordou uma entrevista dada em fevereiro, em que disse que acreditava que o PS, se pudesse, iria provocar uma crise política.
“O PS, com a sua insaciável fome de se manter no poder, se tivesse uma oportunidade de deixar de precisar dos partidos à sua esquerda e de ter uma maioria absoluta sozinho, iria tentar provocar essa situação”, declarou.
Sobre as perspetivas para estas eleições, o também presidente da IL considerou que não há um número de deputados como meta, mas que é “absolutamente inevitável” vir a ter um grupo parlamentar.
“Diria que temos a obrigação de ter um número de deputados que nos permita, por exemplo, cobrir a totalidade dos temas de governação e das comissões parlamentares. As últimas estimativas que consigo fazer com alguma segurança dão-nos uma expectativa de entre quatro a sete deputados.”
E linhas vermelhas, em termos de soluções governativas? Cotrim de Figueiredo é claro: “Chega, Bloco, PCP e PS são todos os partidos com os quais não imaginamos fazer acordos, nem parlamentares nem de governo”.
O deputado explicou que esta visão de cada um é feita por razões diferentes, mas “todas baseadas na mesma coisa”, ou seja, não acreditar que defendam o estado liberal.
O oposto se verifica com partidos como o PSD e o CDS, com quem o presidente liberal disse que se sentaria “com certeza”.