Dois golos do futebolista Pedro Gonçalves carimbaram hoje o passaporte do Sporting para os oitavos de final da Taça de Portugal diante do Varzim (2-1), em jogo da quarta eliminatória marcado por duas grandes penalidades.
Pedro Gonçalves inaugurou o marcador aos 67 minutos. Heliardo, aos 78 minutos, de grande penalidade, fez a igualdade e, aos 88, o ‘bis’ de Pedro Gonçalves, também de penálti, deu o triunfo dos ‘leões’.
Sem poder contar com Tiago Tomás, a contas com uma amigdalite, o Sporting apresentou-se com um ‘onze’ inicial com muitas alterações, com destaque para a titularidade do guarda-redes João Virgínia, dos defesas Feddal e Gonçalo Esteves, do médio Daniel Bragança e dos atacantes Bruno Tabata e Jovane Cabral.
As alterações tiraram consistência ao Sporting e mostraram que o treinador Rúben Amorim tem uma ‘segunda linha’ inferior ao habitual ‘onze’ titular, que necessita seriamente de crescer, já que o Sporting só conseguiu superiorizar-se na segunda parte e após as entradas de Pedro Porro, Pablo Sarabia e Pedro Gonçalves.
Como seria de esperar, por defrontar o penúltimo classificado da II Liga, o Sporting entrou mais dominador, a atacar pelos flancos, sobretudo pela esquerda, e a cruzar para o avançado de referência, Paulinho, mas aos poucos foi perdendo discernimento à medida que o Varzim foi acertando as marcações.
A primeira oportunidade de golo até pertenceu ao Varzim. Aos 20 minutos, Zé Tiago, depois de um excelente trabalho de Heliardo, teve tudo para fazer o golo inaugural, mas, frente a frente com João Virgínia, tentou a finta em vez de rematar, perdendo a bola para o guarda-redes do Sporting.
Se o Sporting tinha o domínio de bola, a verdade é que estava a sentir grandes dificuldades para entrar na área varzinista, tentando a sorte com os remates ‘do meio da rua’ de Tabata e Daniel Bragança, aos 25 e 30 minutos, respetivamente, com este último a ser defendido com um voo do guarda-redes Ismael Lekbab.
Já o Varzim apostou no contra-ataque e, aos 33, Nuno Valente viu João Virgínia negar o golo aos nortenhos. Na resposta, aos 37, Jovane Cabral, de livre direto, levou a bola a bater na trave e na recarga Matheus Reis cabeceou por cima da baliza.
A igualdade ao intervalo, apesar das oportunidades de Matheus Nunes, aos 41 minutos, e Tavinho, aos 45+1, ajustava-se fruto das ocasiões criadas, nas quais os guarda-redes estiveram em bom plano.
Na segunda parte, o Sporting balanceou-se no ataque, encostou o Varzim atrás da linha de meio-campo, mas Nuno Santos mostrou-se desacertado nos cruzamentos, o que não ajudava no capítulo da concretização.
O azar bateu à porta de Jovane Cabral, aos 54 minutos: o atacante lesionou-se depois de ter ficado com a perna esquerda presa no relvado e Pedro Gonçalves foi então chamado ao jogo.
Mas o que é certo é que os remates enquadrados à baliza adversária teimavam em não aparecer e o fantasma do prolongamento começava a pairar no Estádio de Alvalade.
As entradas de Pedro Porro e Sarabia, para os lugares de Tomás Esteves e Bruno Tabata, respetivamente, deram maior acutilância aos ‘leões’ e foram determinantes para o desfecho do jogo.
Um minuto depois, aos 67, Pedro Gonçalves fez o 1-0 depois de uma arrancada pela esquerda de Sarabia. Paulinho ainda tentou desviar de calcanhar, mas a bola sobrou para ‘Pote’, que apenas teve de encostar para levar a melhor sobre o guarda-redes Ismael Lekbab.
Aos 77 minutos, Murilo foi derrubado por Nuno Santos na grande área do Sporting e o árbitro setubalense André Narciso assinalou prontamente para a marca da grande penalidade, que acabaria por ser convertida, aos 78, por Heliardo.
A esperança varzinista acabaria por ruir aos 86 minutos, quando João Reis derrubou Pedro Porro na sua grande área, não deixando dúvidas na grande penalidade, que deu o ‘bis’ a Pedro Gonçalves, aos 88.
Sem mais ocasiões de golo no jogo, aos 90+3 Murilo viu o segundo cartão amarelo (ambos por protestos) e acabou expulso.
ZAP // Futebol 365 / Lusa