Rio ou Rangel? Desta vez, Balsemão não revela em quem votará nas diretas do PSD

PSD - Partido Social Democrata / Flickr

Francisco Pinto Balsemão

Esta sexta-feira, na Antena 1, o militante número 1 do PSD elogiou Rui Rio e Paulo Rangel, mas não disse em qual dos candidatos votará no dia 27 de novembro.

Apoiou duas vezes Rui Rio em sucessivas eleições no partido, mas decide agora romper a tradição. Francisco Pinto Balsemão decidiu não declarar apoio ao atual líder na corrida interna do PSD e não tornar público em quem votará.

“Dou-me muito bem com os dois, acho que são ambos muitos válidos”, disse, citado pelo Expresso.

No programa “Geometria Variável”, da Antena 1, Balsemão foi questionado sobre a atual disputa interna no PSD, com eleições diretas em 27 de novembro.

“Posiciono-me dizendo que é bom que os partidos estejam agitados, é sinal que não adormeceram, que vai ganhar o melhor e eu não vou pronunciar-me sobre qual é que vou apoiar. Dou-me muito bem com os dois, acho que são ambos muito válidos”, afirmou, dizendo que irá escolher “através do seu voto”.

Tanto em 2018 como em 2020, o fundador do PSD apoiou Rio na disputa da liderança, primeiro contra Pedro Santana Lopes e depois contra Luís Montenegro, por entender que este era “a melhor solução para o partido e para o país”.

Quanto a entendimentos futuros do PSD, Pinto Balsemão não exclui que se façam depois das legislativas com o PS, Iniciativa Liberal e CDS para governar.

Rejeita, no entanto, que possam ser feitos com partidos dos extremos políticos, como o Chega ou PCP.

“Dos que estão mais perto, vejo o PS como um grande partido e alguns mais pequenos como a IL e o CDS. Digo por essa ordem porque temo que o CDS fique em ligar inferior à Iniciativa Liberal nas próximas eleições”, afirmou, reiterando o entendimento de que o PSD é um partido de “centro, de centro-esquerda”.

Em relação à crise em que o país se encontra, Balsemão não tem nada a criticar na atuação do Presidente da República. O conselheiro de Estado só não responde à pergunta sobre se confia em Marcelo Rebelo de Sousa: “Não vou responder como é evidente.”