O juiz de instrução criminal Ivo Rosa pediu exclusividade para se dedicar a tempo inteiro ao processo Grupo Espírito Santo (GES). Além disso, pede mais tempo para analisar o caso, considerando que é “humanamente impossível” decidir nos quatro meses previstos.
O pedido de Ivo Rosa surge num despacho assinado em 4 de Novembro último, conforme revela a revista Sábado.
O magistrado pediu ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) para ficar em regime de exclusividade na fase de instrução criminal do processo GES alegando que é o “maior e mais complexo processo colocado perante a Justiça criminal portuguesa”.
“Só para termos uma ideia aproximada, em termos de dimensão física do processo, [o caso GES] equivale a seis vezes e meia a dimensão do processo Marquês“, exemplifica Ivo Rosa no despacho.
Ivo Rosa foi juiz de instrução em exclusividade no processo Operação Marquês e pede o mesmo estatuto para o caso GES que tem 767 volumes e uma acusação com 3552 folhas. Em causa estão 356 crimes e 25 arguidos.
Ivo Rosa diz que é “humanamente impossível” cumprir o prazo de quatro meses para o encerramento da fase de instrução.
Assim, além da exclusividade, pede também mais tempo para analisar o caso, e para poder “chegar a uma decisão séria, justa, motivada e independente“, como consta do despacho.