Dentro da esfera ‘laranja’, fala-se na possibilidade de o partido coligar-se com o CDS para as próximas eleições legislativas, num ato visto como “caridade” por fontes sociais-democratas.
A direção nacional do PSD aguarda a audiência com o Presidente da República, marcada para sábado, e espera que Marcelo Rebelo de Sousa cumpra com o que prometeu e convoque eleições legislativas antecipadas para meados de janeiro. Embora vá contra o desejo de Paulo Rangel, é esta a vontade de Rui Rio.
Até lá, sem que se clarifique o calendário eleitoral, o PSD está fechado em copas. No entanto, fontes sociais-democratas contactadas pelo semanário NOVO dão conta que Rui Rio estará disposto a estender a mão a Francisco Rodrigues dos Santos e avançar em coligação com o CDS nas próximas eleições.
Esta semana, em entrevista à RTP3, Paulo Rangel defendeu que “o PSD se deve apresentar sozinho em eleições em 2022” e que vai “pedir uma maioria estável, se puder ser maioria absoluta tanto melhor, se tivermos ser liderantes de um Governo que tenha [outras forças] é o que faremos”.
Há quem sublinhe que a aliança estratégica com o CDS pode vir a dar frutos. O pacto entre os dois partidos é visto pelo núcleo duro do PSD como um “ato de caridade”. Existe a perfeita consciência de que os centristas, indo sozinhos a votos, correm o risco de obter um resultado ainda pior do que o registado por Assunção Cristas em 2019.
A coligação poderia ainda beneficiar o PSD com o ganho de um ou outro deputado em alguns círculos. Por sua vez, o CDS também tem a ganhar com a aliança, já que certamente aumentaria o seu poder político e a sua representatividade. O exemplo do sucesso das coligações foi espalhado ainda nas últimas eleições autárquicas, em que o CDS foi um dos “vencedores”.
Um senão impõe-se. Fontes sociais-democratas garantem que o próprio calendário de Rui Rio pode ser determinante numa eventual coligação PSD/CDS. Se Marcelo Rebelo de Sousa marcar eleições legislativas antecipadas para janeiro, o prazo para chegar a um entendimento encurta-se, ameaçando a probabilidade de vir a acontecer.
O semanário explica que as listas de candidatos à Assembleia da República têm de ser entregues até 41 dias antes da ida às urnas, o que daria aos dois partidos até final de novembro para se alinharem.
A relação entre Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio já atravessou melhores dias. Na tarde de terça-feira, Marcelo recebeu o candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel. Segundo uma nota divulgada pela Presidência, o encontro terá decorrido a pedido do eurodeputado social-democrata.
O encontro não agradou a Rui Rio, que na na manhã desta quarta-feira disse que a reunião, que alegadamente serviu para discutir a data das eleições legislativas, não só é “estranho” como “não é minimamente aceitável” e “condiciona o país às diretas do PSD”.
Marcelo Rebelo de Sousa sacudiu as críticas de Rui Rio, alegando que ter a audiência com Rangel antes da votação do OE “era a melhor altura”.
Lá está….a possibilidade de os partidos de direita se unirem só para bater a esquerda.
que falta de memória
e o que fez o actual primeiro ministro quando perdeu as eleições para o Passos Coelho?
Chumbou o orçamento e aliou-se ao PCP e Bloco para Governar.
Chumbou o quê?!
Nem conseguiram formar governo, quanto mais um orçamento…
Desta vez o Costa foi traído pelo BE e pelo PCP….
É pena… será não aprenderam nada com o “irrevogável”, um insignificante que chegou a vice-PM??
Rio que tem estado seco, tenta agora deitar um pouco de água, penso que acordou tarde apesar de estarmos no outono!
Recordem-se da má memória do tempo do Pacos. Vá de retro satanás.
O Rangel é do mesmo gangue e veio logo atacar o Rui Rio…
Entre Partidos, agora a moda é “atos de caridade” para se manterem Vivos. Se o destino de Portugal, depende de artistas destes, será o FMI que nos vai lixar com mais um “ato de caridade” pago a preço de ouro !