Líder centrista anunciou que o CDS vai apresentar novamente no Parlamento uma proposta para acabar com o adicional dos produtos petrolíferos — algo que já tinham feito no passado, mas que mereceu o chumbo de PS, BE e PAN.
O presidente do CDS-PP comparou hoje o Estado a um centro comercial por anunciar a devolução de “uns míseros 10 cêntimos” no preço dos combustíveis, defendendo uma redução dos impostos para aliviar as empresas e as famílias. “Se o Estado quer facilitar a vida dos portugueses deve baixar a sua margem nos combustíveis, diminuir os impostos e não fazer esta desfaçatez, esta mentira, que é fingir que devolve dinheiro ao final do mês, uma mísera quantia de 10 cêntimos por 50 litros, parecendo um centro comercial“, referiu Francisco Rodrigues dos Santos, em Portimão, no distrito de Faro.
Durante a sua intervenção na sessão de encerramento da escola de quadros da Juventude Popular, o líder dos centristas considerou que o Estado “é o grande especulador do preço dos combustíveis e o responsável pelo assalto à carteira dos portugueses, onde 60% do valor pago, são impostos“.
Francisco Rodrigues dos Santos anunciou que o CDS-PP vai voltar a apresentar no parlamento uma proposta para acabar com o adicional dos produtos petrolíferos, criado em 2016, semelhante à que apresentou e que acabou rejeitada com os votos do PS, do Bloco de Esquerda e do PAN.”O CDS voltará a essa proposta, porque somos um partido amigo do contribuinte“, assegurou. De acordo com o líder centrista, o CDS-PP continuará a ser um “partido da família“, “que vai defender sempre a vida, desde a conceção até à morte natural, e que as famílias tenham escalões de IRS comportáveis, que facilitem a poupança“.
Na mensagem aos cerca de uma centena de jovens populares, o líder do partido reiterou a necessidade serem implementadas medidas do Estado de apoio aos jovens, para evitar que abandonem o país “à procura de melhores condições de vida lá fora”. Francisco Rodrigues dos Santos apontou o futuro do CDS-PP como “um partido dos jovens, pois a juventude não é uma fraqueza, é uma força“.
“O CDS-PP não pode recuar, só tem um caminho é olhar em frente, é renovar, apresentar caras novas ao país e mostrar que tem novas soluções para Portugal. Ter nos canais de televisão gente que represente esta ideia de partido e não adversários políticos que criticam o partido para prevalecer as suas agendas pessoais”, indicou.
Francisco Rodrigues dos Santos adiantou que a sua proposta para o partido, “não foi nem nunca será um regresso ao passado“, mas sim olhar em frente “com confiança e ambição“: “Não temos medo do futuro, queremos construir o futuro. Precisamos, sim, de renovar este partido. Precisamos de ter instrumentos que nos permitam corroborar e mostrar esta ideia que temos para Portugal, onde todos cabem e ninguém tem lugares cativos e, muito menos, um grupo que se acha dono do CDS“, apontou.
Para o presidente do CDS-PP, o partido “deve estar aberto a todos e não refém e capturado por apenas um grupo, devendo permitir a novos elementos poderem ascender e poderem representá-lo”. “O CDS precisa urgentemente de se renovar e nós temos protagonistas com qualidade no nosso partido e muitos outros que podemos ir buscar na sociedade civil. Quero um partido popular onde o esforço e o trabalho são valorizados e valem mais do que os apelidos de família, do que as contas bancárias e do que um passado dourado que tiveram no CDS”, concluiu.
// Lusa