A urgência do Hospital de São João, do Porto, registou nas últimas semanas uma “forte afluência, muito influenciada, também, por falsas urgências”, disse esta quinta-feira à Lusa fonte daquela unidade de saúde, que dá conta de “mais 100 atendimentos diários”.
O aumento, disse, tem-se verificado “tanto em doentes em idade adulta como pediátrica”, situação a que acresce “as falsas urgências”.
“É verdade, há muita afluência de doentes graves e de doenças respiratórias, mas também há pessoas que não precisavam de vir ao hospital“, acrescentou.
Analisando as últimas semanas, o Hospital São João contabilizou nos “dias úteis, em relação à pré-pandemia, ou seja, em 2019, altura em que somavam 460 atendimentos diários em urgência, mais 100 doentes por dia“.
“Tem sido sempre acima dos 500 doentes”, assinalou a fonte, um dia depois de as urgências do Hospital Eduardo Santos Silva, na cidade vizinha de Vila Nova de Gaia, terem registado uma procura “quatro vezes superior” ao habitual.
“Hoje tivemos um pico de afluência brutal. Foi quatro vezes mais do que é normal. Foram, essencialmente, doentes prioritários”, disse na quarta-feira à Lusa fonte daquela unidade hospitalar.
Reportando-se à área laranja daquele hospital, a fonte esclareceu que a sala “está programada para ter 32 ou 34 camas e que, normalmente, nunca estão ocupadas na totalidade, sendo o normal estar a atender 20 pessoas”.
Na quarta-feira “chegou a ter 80 pessoas“, disse a mesma fonte, segundo a qual a situação ficou normalizada pelas 19h00 e esta quinta-feira não se repetiu.
Segundo a fonte, os casos que esta quinta-feira chegaram ao hospital “são das mais variadas patologias e quase todos doentes com debilidades”.
Contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte admitiu ter havido “um pico” de procura no hospital de Gaia, mas que este terá sido esporádico.
// Lusa