Cenas de pânico, logo a seguir ao jogo entre o Olímpico do Montijo e a equipa B de Setúbal. Versões diferentes dos treinadores.
O jogo entre Olímpico do Montijo e Vitória de Setúbal B terminou sem golos mas com muito para contar e ver. Este duelo dos campeonatos distritais, relativo à primeira divisão da Associação de Futebol de Setúbal, terminou com confusão, violência e tiros para o ar.
As cenas lamentáveis aconteceram logo após o final da partida, no Campo da Liberdade. As imagens disponíveis mostram momentos de pânico, com agressões, jogadores e sobretudo adeptos (que saltaram da bancada para o relvado) a empurrarem, a serem agarrados ou mesmo agredidos.
Agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) dispararam para o ar – uma atitude que evitou outras cenas ainda piores, avisou o treinador do Vitória, Paulo Martins: “Se a polícia não desse aqueles tiros para acabar a confusão, teria sido muito pior. Se calhar deviam era ter evitado que as pessoas tivessem entrado dentro do campo.”
Também à agência Lusa, o treinador do Olímpico, Marco Bicho, disse que foi a polícia que falhou neste caso: “Às vezes as equipas no final do jogo perdem um bocadinho o controlo emocional. Jogadores, treinadores e diretores juntaram-se um bocadinho e houve um conflito, umas agressões. Depois disso, a polícia perdeu o controlo.”
“Em inúmeras situações em que os jogadores se ‘pegam’, alguém já viu uma coisa destas em algum lado? Até com agressões piores que aquela, ninguém viu a polícia dar 10 tiros para o ar”, continuou Marco Bicho.
Não se percebe, pelos vídeos, a origem desta confusão mas Paulo Martins explicou que um jogador do Olímpico disse que a equipa do Vitória era “nojenta” por ter feito anti-jogo: “Um adjunto da equipa adversária chegou perto de mim, empurrou-me e depois disso caiu toda a gente em cima de mim.”
De acordo com o treinador do Vitória, alguns adeptos do Olímpico do Montijo invadiram o campo para agredi-lo: “Um deles deu um soco num jogador meu e as coisas descontrolaram-se ainda mais. Os jogadores começaram todos à porrada“.
Marco Bicho insistiu na actuação da polícia: “As agressões que existiram é sempre uma situação criticável, mas se não tivesse havido a atuação desproporcional que houve da polícia não teria estas proporções”.
Comunicados dos clubes
O jogo decorreu neste domingo e, à noite, o Vitória de Setúbal reagiu aos incidentes. Em comunicado, o clube de Setúbal lamentou e repudiou o que aconteceu e sublinhou que aquelas cenas “nada correspondem à forma de estar que o Vitória sempre demonstrou”, demonstrando-se estar disponível para colaborar para a averiguação do episódio.
Já na tarde desta segunda-feira, o Olímpico do Montijo também escreveu sobre estes momentos, lamentando igualmente os incidentes e acrescentando: “Não somos indiferentes ao que sucedeu e iremos agir internamente, estando também ao dispor da AF Setúbal e PSP para colaborar nos respetivos processos de averiguações”.
Segundo um comunicado da PSP de Setúbal, já foi aberto um inquérito disciplinar para “averiguar se os recursos a arma de fogo cumpriram com a legislação e regulamentação interna aplicáveis”.
Eheheee… claro que foi a polícia quem perdeu o controlo – os restantes estavam todos muito controlados!
Mais uma vez, para os calhaus da bola, a culpa ou é dos árbitros, ou é da polícia!…
Foi pena a PSP ter desperdiçado 10 munições para o ar…
Não há festa sem foguetes. O VAR não viu nenhuma infração, siga o jogo.