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Autárquicas: Sondagens dão empate entre Medina e Moedas em Lisboa

Tiago Petinga / Lusa

As primeiras projeções da SIC dão um empate entre o presidente da Câmara, Fernando Medina, e o candidato do PSD, Carlos Moedas. O resultado é ainda incerto.

Também a projeção RTP/Universidade Católica dá resultados muito próximos entre os dois candidatos, com Fernando Medina a obter 31-35% dos votos (6 a 8 mandatos), e Carlos Moedas com 32-36% (também 6 a 8 mandatos).

Caso se confirme a eleição de Bruno Horta Soares, em Lisboa, a Iniciativa Liberal já se ofereceu para dar a mão a Carlos Moedas.

“Porta aberta para diálogo com Carlos Moedas? Já foi dito desde o início que sim”, apontou o porta-voz do partido Rodrigo Saraiva.

“O PS perde forças porque os portugueses recusaram de a forma radical de fazer campanha, de muito eleitoralismo, quando um partido se confunde com o Estado ou o Estado se confunde com o partido”, acrescentou.

Se muitos esperavam surpresas desta noite eleitoral, a Câmara de Lisboa não seria a melhor aposta. A vitória de Fernando Medina era um dado quase adquirido com sondagem atrás de sondagem a confirmar a sua vantagem face aos seus adversários.

Uma das principais dúvidas na corrida eleitoral à maior câmara do país dizia respeito à conquista de uma maioria absoluta por Medina e possíveis acordos pós-eleições com Bloco de Esquerda ou Partido Comunista. A maioria, que parece agora estar longe, estava também dependente do resultado de Carlos Moedas, uma escolha pessoal de Rui Rio.

A candidatura do antigo Comissário Europeu reuniu um apoio alargado à direita (CDS, Aliança, Partido da Terra e Partido Popular Monárquico), pelo que as expectativas estavam também em perceber se os sociais democratas iriam conseguir igualar o resultado de há quatro anos, quando Teresa Leal Coelho, outra escolha do então presidente do partido Pedro Passos Coelho, que não foi além dos 11,22%.

Em 2017, a surpresa da noite foi o resultado conquistado por Assunção Cristas, 20,59%.

À esquerda, a luta será naturalmente entre Bloco de Esquerda e do Partido Comunista, com o PCP a admitir um acordo pós-eleitoral, algo que recusou em 2017 e que fez com que Medina se aliasse aos bloquistas.

A confirmação foi feita por João Ferreira, candidato do PCP que beneficia também do facto de ser a aposta fetiche dos comunistas nos últimos atos eleitorais: presidenciais e europeias. O eurodeputado já afirmou publicamente que está pronto para negociar um pelouro caso Medina não alcance a maioria absoluta.

Ana Rita Moutinho, ZAP //

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