Os revendedores de combustíveis ameaçam “encerrar temporariamente os postos de abastecimento” como forma de protesto devido à nova lei, aprovada no Parlamento, que impõe limites às margens de lucro na comercialização de combustíveis.
Após o alerta feito pela Autoridade da Concorrência (AdC) para as consequências da nova lei, a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) revela-se “igualmente preocupada com as consequências nefastas desta medida”, apontando para os prejuízos à “rede de revenda de combustíveis”.
“Um grupo considerável de associados já manifestou, junto da Anarec, a possibilidade de encerrar temporariamente os postos de abastecimento de combustíveis a nível nacional, como forma de protesto, caso esta medida venha efectivamente a ser implementada e se revele penalizadora das actividades dos revendedores”, aponta a Associação numa nota enviada à Lusa.
A Anarec também culpa o ministro do Ambiente e os partidos que “apoiaram esta medida”, e “aqueles que não a impediram, através do voto por abstenção”, pelas “consequências que podem advir da fixação das margens máximas de comercialização para os combustíveis”.
A associação também lamenta que o parecer enviado pela AdC aos deputados, antes da aprovação da nova lei, não tenha impedido a aprovação da limitação das margens.
“Desviar atenção da verdadeira razão do preço”
Além disso, a Anarec defende que a medida do Governo, aprovada pelos deputados, serve apenas para “desviar a atenção do consumidor final da verdadeira razão do preço dos combustíveis ser tão elevado: a carga fiscal elevadíssima e o aumento do sobre-custo da incorporação de biocombustível”.
No seu parecer, a AdC considera que a proposta de lei do Governo para limitar as margens de combustíveis poderá distorcer as condições de concorrência no mercado e penalizar as empresas de menor dimensão, levando ao seu fecho.
A Anarec revê-se na posição da AdC e realça que “a maioria dos empresários do sector vive hoje com grandes dificuldades devido à menor rentabilidade” do negócio porque “as estruturas de custos se têm agravado ao longo dos anos”.
“Num mercado concorrencial e livre como o dos combustíveis é (ou deveria ser), nada justifica as sucessivas intervenções legislativas do Governo”, defende ainda a Anarec.
A associação sublinha, por fim, que “em nenhum outro sector”, se assiste “a tamanha ingerência por parte da tutela”.
ZAP // Lusa
Nao sou a favor da limitação dos lucros, mas existem muitas bombas em que há diferenças de 20 cêntimos por litro do mesmo combustível… será que a carga fiscal é diferente de bomba para bomba?!
Pois…
Infelizmente, sim
Uma bomba na Autoestrada, paga bastante mais de renda, tem 5 e 6 funcionários em vez de 1 e pelo que sei, em Espanha paga uma % sobre o Litro vendido, imagino que em Portugal seja assim.
Não sou a favor da limitação de lucro mas sou a favor de regulação de preço (ou o lucro directo no preço por litro), de todas as maneiras se realmente queremos ver um decréscimo de preço, basta o governo tirar a % extra que colocou com a promessa que retiraria quando o preço subisse, bastava para baixar 15 centimos por litro.
Mas o bom é as medidas populistas como a limitação de lucro para esconder os quase 70% de imposto alem de cobrar IVA sobre imposto.
Ah?! Quem falou em autoestradas??
Como é óbvio, eu refiro-me as bombas comuns existentes em qualquer rua/estrada – sendo que algumas dessas até têm o mesmo preço das bombas que estão nas AE’s!!
Também desconheço que se pague algo por cada litro vendido nas bombas das AE’s – isso deve ser treta, mesmo em Espanha!…
Portanto, não há qualquer diferenças de fiscalidade!
Na fiscalidade não. Mas se admitires que pagas 50 ou 100 vezes mais pela exploração de uma estação de serviço de uma autoestrada face a um outro espaço não deves pretender que quem o explora cobre o mesmo preço. Ou queres!!? Se quiseres, deixa-te continuar como empregado e não abras nenhuma empresa! Conselho de amigo.
Mas, quem é que falou em estações de serviço das AE’s?!
Achas que uma área de serviço só vende combustível?
Além disso, há bombas fora das AE’s a vender combustível practicamente ao mesmo preço das bombas da AE’s!
60% do preço que pagamos são impostos e a culpa é do revendedor, que ganha entre 4 e 6 cêntimos por litro???
Então, quando há 20 cêntimos/litro de diferença entre bombas, são os revendedores que estão a pagar para vender combustível?!
Está boa…
Se alguma vez alguma vez um revendedor só ganhar 4 a 6 cêntimos/litro, mais vale fechar a porta!
E, não conheço nenhum que tenha fechado por falta de lucro – apenas por fuga ao fisco!
A margem dos revendedores depende do contrato que fazem com a petrolífera cuja marca representam.
Se fizer um contrato com uma das grandes, vai ter que instalar todo o equipamento que exigem, a imagem, as fardas dos funcionários, além de garantir que cumpre todas as exigências, que them custos muito elevados.
A petrolífera financia todo esse equipamento e isso é pago através da margem de revenda, que é fixada num contrato, que obriga a um determinado volume de vendas, em x anos. A conta é simples e quanto mais a petrolífera financiar, menor à margem vai ser.
Certamente vai reparar que esses postos de que fala, que vendem o combustível a menos 20 cêntimos por litro, não estão ligados a nenhuma das principais petrolíferas e não estão instalados no centro das cidades.
Independentemente do que as petrolíferas ganham, não os revendedores, há uma questão impossível de fugir; a carga fiscal representa cerca de dois terços do preço final, mais de 60%.
Os vinte cêntimos de que fala, num litro de combustível, representam entre 12,5% a 15% do preço final.
Mesmo assim e por muito elevada que seja essa margem, continua a ser muito baixa, quando comparada com a carga fiscal.
Para mim, é uma conta muito fácil de entender e se há alguma coisa a limitar, deveria ser os impostos, que até há meia dúzia de anos, eram bem mais baixos…
Isso pode estar tudo correcto (e já sabemos que na Europa/Portugal há uma grande carga fiscal sobre os combustíveis) mas a minha questão é a margem de lucro dos revendedores.
Nunca na vida a margem de lucro é 4/6 cêntimos/l – nem nos hipers!!
Já fiz a contabilidade de alguns Revendedores de combustíveis e sempre disse que isto é um negócio de milhões, mas que só dá tostões. Os revendedores são responsáveis pelos custos, onde inclui a limpeza exterior o qual são penalizados pelas Petrolíferas se encontrarem o recinto sujo. Até o papel e as luvas são pagas pelos Revendedores. O que vai equilibrando as contas é o que se vende na loja, o gás e as lavagens (aqueles que têm).
Este governo não baixa o preço para obter receita através dos impostos, porque quanto maior for o preço maior é o imposto. Baixar a margem só tem influência no IVA.
O Carlos devia começar seriamente a pensar em andar de bicicleta em vez de mota. Poupava mais e seria mais amigo do ambiente 😉
Aqui os proprietários das bombas pequenas são utilizados como arma de remessa pela Galp. A margem contestada pelo Parlamento (=Todos os Portugueses) é dos grandes, não dos pequenos.
Assim vê-se bem em mãos de que tipo de bandidos está o Galp. Foi privatizado por ordem da UE, onde isto é a moda.
Seria bom limpar-nos deste tipo de empresa. A TAP e a Galp. Como?
* Nacionalização *, como resposta a uma ameaça ao Povo Português.
Não se pode admitir uma ameaça à Economia Nacional.
Em Portugal a concorrência não funciona. Os actores preferem acordar preços. A única resposta é:
* Nacionalização *
Arma de remessa??!?!? Que é isso?!?!??
Acho muito bem que o façam, fechem as bombas e parem o país que isto é uma vergonha! Quem está a amealhar é o governo com os impostos e não os empresários ligados ao sector… Isto não passa de uma manobra de diversão do governo para baralhar o povo e acharem que são as gasolineiras que estão a alavancar preços e a ganhar com isto| PODE SER QUE ASSIM SAIA TUDO À RUA EM PROTESTO CONTRA QUEM NOS ROUBA TODOS OS DIAS, O GOVERNO!!!!
A solução está na redução de impostos e no controlo da percentagem cobrada pelas bombas, o resto são tretas. Com a vigarice do sr. Costa com o tal aumento provisório que fez e passou de imediato a definitivo. A campanha dele hoje foi a ferrovia onde afirmou ter feito grandes avanços, recordo-me dos comboios comprados na sucata espanhola, um até deixou cair o motor na linha, deve ser essa a melhoria a que se refere, pois, ninguém vê mais nada!
Como é óbvio, sendo as bombas privadas, o Estado não pode limitar as margens de lucro do “mercado”!
Por mim, podem e devem fechar, eu já atestei o meu carro, Abaixo os impostos elevados do estado, vamos a Espanha abastecer, e mais nada.
Segundo alguns comentários, os donos das bombas são uns gananciosos. Quem refina e o estado são uns anjos…
Costa no seu melhor, atirar as culpas aos outros! Votem Costa!