Ana Rita Cavaco quer que centros de vacinação contra a covid-19 fiquem abertos, para ajudar à vacinação contra a gripe.
Com 85% da população portuguesa com pelo menos uma dose da vacina, afluência aos centros de vacinação começa a ser residual, com alguns a proceder à transferência dos recursos para os centros de saúde. Até lá, alguns centros de vacinação vão reduzindo o horário de funcionamento.
A maioria das autarquias prevê o encerramento das infraestruturas a partir da terceira semana de setembro, quando está previsto que os jovens sejam inoculados com as segundas doses.
No entanto, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros defende que estes centros continuem abertos para ajudar na campanha de vacinação contra a gripe.
A prevalência do vírus da gripe tem sido praticamente inexistente desde que surgiu a pandemia de covid-19. Mas isso poderá mudar em breve, com alguns estudos a sugerirem que este ano a época da gripe vai ser muito complicada.
“A pandemia não acabou. Isso é visível pelo número de casos e número de mortes diários. Portanto, devíamos aproveitar esses centros de vacinação e não desativá-los, para fazermos a vacinação da gripe com muito mais segurança e conforto”, disse Ana Rita Cavaco em entrevista à Renascença.
A bastonária realça que pode ser feita uma reorganização dos espaços, com “corredores dedicados à covid-19 e outros à gripe”. Assim, as duas vacinações poderiam ocorrer simultaneamente.
Ana Rita Cavaco defende ainda a criação de um subsídio de risco para os enfermeiros — não só durante a pandemia de covid-19.
“O que se impõe é que os enfermeiros tenham um subsídio de risco equivalente à das forças de segurança. Algo estável, mensal e que dure para sempre”, explicou à rádio.
Desde o início da pandemia em Portugal, já terão sido infetados quase 8 mil enfermeiros, segundo dados fornecidos pelo Governo à Ordem dos Enfermeiros.
A opinião da “enfermeira” que vai, sem máscara, fazer visitas de “amiga” ao congresso do Chega de Ventura, é mesmo importante…