Talibãs que atacaram Malala foram finalmente presos

junaidrao / Flickr

Malala Yousafzai

Malala Yousafzai

O exército do Paquistão anunciou esta sexta-feira ter detido dez pessoas suspeitas de envolvimento no ataque contra a adolescente Malala Yousafzai, em outubro de 2012.

Malala Yousafzai, que foi alvo do ataque quando tinha 15 anos, tornou-se mundialmente famosa após o ataque, tendo-se dedicado a uma campanha pelos direitos à educação de adolescentes muçulmanas.

Malala foi nomeada para o prémio Nobel da Paz e considerada uma das pessoas mais influentes de 2013 pela revista americana Time.

No ataque, um grupo de homens armados, supostamente ligados aos Talibã, entrou no autocarro que transportava Malala a caminho da escola, no Vale de Swat, região no nordeste do Paquistão.

Os agressores efectuaram vários disparos dentro do autocarro, ferindo gravemente a adolescente na cabeça. Outras duas criança ficaram também feridas.

Malala foi levada para a Grã-Bretanha, onde passou por várias cirurgias e iniciou a sua recuperação. A adolescente decidiu permanecer no país por receio das ameaças dos Talibã contra si e a sua família.

Lista de alvos

“O grupo envolvido no ataque a Malala Yousafzai foi preso”, afirmou o porta-voz do Exército, general Asim Bajwa, em conferência de imprensa.

Bajwa afirma que os dez acusados de tentar matar a ativista – pertencentes a uma facção conhecida como Shura, que faria parte dos Talibã paquistanêses – foram presos numa operação conjunta de Exército, polícia e serviços de inteligência paquistaneses.

Bajwa revelou ainda que o grupo operava sob as instruções do mullah Fazlullah, o chefe dos Talibã no Paquistão.

Segundo a BBC, após a detenção, o Exército encontrou uma lista de 22 ativistas proeminentes da região do Vale do Swat que o grupo planeava atacar depois de Malala.

Os detidos estão a ser interrogados e serão transferidos brevemente para um tribunal anti-terrorismo, de acordo com o porta-voz.

Antes mesmo do ataque que quase a matou, Malala Yousafzai já se tinha tornado conhecida, por exigir o direito de educação para raparigas no Paquistão.

Malala chamou a atenção em 2009 ao escrever um diário para a BBC Urdu, o serviço paquistanês da BBC, no qual falava da vida sob o domínio dos militantes talibãs que controlam o val de Swate.

Em 2013, Malala recebeu o prestigiado prémio Sakharov, um prémio europeu de direitos humanos.

ZAP / BBC

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