O Twitter anunciou, na segunda-feira, estar a investigar ameaças contra funcionários seus por parte de alegados membros do grupo radical Estado Islâmico (EI) como represália pela sua política de encerrar contas associadas ao grupo.
A partir da conta de Twitter “@dawlamoon”, associada a um grupo vinculado ao EI com base em Jerusalém e que foi encerrada pela rede social, foram lançadas diversas mensagens em árabe nas quais se apelava aos “lobos solitários” e a “células adormecidas” nos Estados Unidos e na Europa para atentarem contra a vida dos funcionários do Twitter.
“Chegou o momento de responder à direção do Twitter com o ataque direto e o assassínio dos seus empregados. As células adormecidas da morte levar-lhos-ão a cabo”, dizia uma das mensagens publicadas pela conta e traduzida pelo portal norte-americano Vocativ, o primeiro a fazer eco das ameaças.
Cada funcionário do Twitter em São Francisco, nos Estados Unidos, deve cuidar de si próprio porque um lobo solitário assassino pode estar à sua espera à entrada da sua casa”, referia-se noutras mensagens emitidas a partir da mesma conta.
Outras sublinhavam que “atacar os trabalhadores do Twitter é algo que está na “agenda dos ‘mujahidines’ [combatentes armados jihadistas] e lobos solitários de toda a Europa”.
O Twitter eliminou a conta a partir da qual foram emitidas as ameaças e divulgou um comunicado em que explica que a sua equipa de segurança está a “investigar a veracidade” das mesmas com os agentes da autoridade.
/Lusa