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Edge of Tomorrow (2014), de Doug Liman, com Tom Cruise e Emily Blunt
Assistir a filmes de acção pode estimular o ganho de peso, conclui uma nova pesquisa desenvolvida por cientistas americanos.
Estudos realizados anteriormente já associavam a obesidade ao tempo gasto em frente à TV, mas a equipa de investigadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, tentou perceber quais géneros cinematográficos que favoreceriam os quilos a mais.
As conclusões, publicadas na revista científica JAMA Internal Medicine, indicam que as pessoas petiscam muito mais durante os filmes de acção.
Os autores do estudo afirmam que as pessoas devem evitar petiscar enquanto vêem TV.
Um estudo anterior tinha já associado a TV à obesidade por causa da publicidade de comida (principalmente fast-food), do sedentarismo e da distracção.
Os cientistas acrescentam ainda que, quando estão em frente à TV, as pessoas não percebem a quantidade de comida que estão a ingerir.
The ISland (2005), de Michael Bay, com Ewan McGregor e Scarlett Johansseon
Para realizar a investigação, os cientistas acompanharam 94 estudantes que receberam tigelas cheias de chocolate, biscoitos, cenouras e uvas enquanto viam TV.
Os cientistas compararam então quanta comida ingeriram durante o filme de acção A Ilha e durante um programa de entrevistas.
O resultado mostrou que as pessoas comiam quase o dobro e consumiam cerca de 65% a mais de calorias durante o filme de acção.
A diferença foi mais preponderante nos homens do que nas mulheres.
“A TV pode levar os telespectadores mais distraídos a comer sem pensar, ultrapassando o ponto em que uma pessoa normal pararia de comer”, diz a pesquisa.
“Os médicos deveriam conversar com os seus pacientes sobre os perigos de comer em frente à TV, e alertar em particular contra o efeito potencial de alguns conteúdos altamente dispersantes, como os filmes de acção, pois tais géneros estimulam os excessos”, acrescentam os investigadores.
Conclusão: quando o conteúdo televisivo é altamente distractivo, o melhor a fazer é evitar petiscar.
ZAP / BBC
