O governador do banco central albanês, Ardian Fullani, foi hoje detido devido ao roubo de 713 milhões de leke (cerca de cinco milhões de euros) do Tesouro do Estado, que já motivou outras detenções entre os funcionários da instituição.
A Procuradoria-Geral da Albânia informou, em comunicado, que Ardian Fullani, que exerce o cargo desde 2004, não tinha tomado as necessárias medidas legais para o funcionamento do departamento de emissão de moeda e do conselho de supervisão.
Também lhe é apontada a não nomeação de um vice-governador com a função de supervisionar os meios financeiros, o que teria reduzido a segurança bancária, afirma-se no texto.
A polícia deteve também a inspetora-geral do banco, Elivar Golemi, o que elevou o número total de detido para 18.
O roubo foi descoberto no final de julho, sendo apontados como principais suspeitos dois economistas, Ardian Bitraj e o cúmplice Mimoza Bruzi.
A Procuradoria suspeita de que o roubo, que foi descoberto durante um inventário às reservas do banco, foi feito entre 2012 e 2014.
Desconhece-se o paradeiro do dinheiro.
O Banco Central da Albânia controla a política monetária e a gestão de 16 bancos privados que operam no país.
Este foi o maior roubo registado na Albânia desde o ocorrido nas revoltas de 1997, quando foram roubados 360 quilogramas de ouro em moedas e joias, que formavam parte do Tesouro do Estado e estavam depositadas e vigiadas nos túneis de Krrabe, nos arredores da capital.
/Lusa