De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano passado, mais de 8.500 crianças foram usadas como soldados e quase 2.700 foram mortas devido à proximidade com vários conflitos existentes em todo o mundo.
As conclusões foram apresentadas ao Conselho de Segurança no relatório anual do secretário-geral da ONU, António Guterres.
No documento constam informações sobre crianças e conflitos armados, assassinatos, mutilações e abusos sexuais de crianças, sequestros e tiroteios em escolas e hospitais.
Segundo a ONU, foram cometidas violações contra 19.379 crianças em 21 conflitos. A maioria das violações ocorridas no ano passado foram cometidas na Somália, República Democrática do Congo, Afeganistão, Síria e Iémen.
Por outro lado, o relatório indica ainda que cerca de 8.521 crianças foram usadas como soldados, 2.674 foram mortas e outras 5.748 ficaram feridas à margem de vários conflitos.
Como noticia a CNN, o relatório também inclui uma lista negra com o objetivo de envergonhar as partes envolvidas em conflitos, na esperança de as pressionar a implementar medidas para proteger as crianças.
Ainda assim, existem várias críticas à “lista negra”, uma vez que vários diplomatas afirmam que a Arábia Saudita e Israel têm exercido pressão nos últimos anos na tentativa de ficar fora.
Israel nunca apareceu na lista, enquanto uma aliança militar liderada pelos sauditas foi removida em 2020, vários anos após ter sido nomeada por matar e ferir crianças no Iémen.
Em 2017, a lista divulgado por Guterres foi dividida em duas categorias: uma para as partes que implementaram medidas para proteger as crianças e outra que incluía as partes que não o fizeram.
O novo relatório não apresenta mudanças significativas nas listas divulgadas.