No passado sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o fim do segundo surto de Ébola na Guiné-Conacri, que vitimou mortalmente 12 pessoas.
“Tenho a honra de declarar o fim do Ébola na Guiné”, disse o funcionário da OMS Alfred Ki-Zerbo numa cerimónia na região sudeste de Nzerekore, onde a doença surgiu no final de janeiro.
De acordo com as regras internacionais, a Guiné-Conacri tinha de esperar 42 dias (o dobro do período de incubação do vírus) sem um novo caso antes de declarar o fim da epidemia. A espera acabou na passada sexta-feira, semanas depois de a última pessoa ter sido declarada recuperada, no dia 8 de maio.
O ministro da Saúde, Remy Lamah, também declarou o fim do surto “em nome do chefe de estado”, o Presidente Alpha Conde.
O Science Alert escreve que, durante o surto da última década, a relutância e a hostilidade em relação às medidas de controlo da infeção levaram algumas pessoas no sudeste da Guiné a atacar, e até matar, funcionários do Governo.
Desta vez, “o comprometimento da população, as medidas de saúde pública e o uso equitativo de vacinas” foram fundamentais para ultrapassar este capítulo negro, realçou Tedros Adhanom Ghebreyesus, da OMS, em comunicado.
Apesar de o Ébola ter sido vencido, é importante manter a vigilância. “Devemos ficar alertas para um possível ressurgimento e garantir que a experiência se expande a outras ameaças à saúde, como a covid-19″, disse o diretor da OMS para a África, Matshidiso Moeti.
Em comunicado, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informaram que o sequenciamento genético mostrou ligações entre o surto anterior e a última epidemia.
O surto deste ano pode ter sido causado por uma “infeção persistente num sobrevivente do surto da África Ocidental”, disse o CDC, sublinhando “a necessidade de programas de sobreviventes fortes e contínuos”, bem como de mais investigações.
Qual Guiné?
Conacri, Bissau ou Equatorial?
Caro leitor,
Nesta caso, Guiné-Conacri.
Ok, obrigado.
Para o resto do mundo Guiné será suficiente, mas para o publico português – tendo em conta o passado colonial (e o hábito de se chamar apenas Guiné à Guiné-Bissau) – acho que é importante fazer essa distinção.
Sim, estamos de acordo.