“Ambição forte e global”. UE quer rever impostos verdes para desincentivar “más decisões” das empresas

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Paolo Gentiloni, comissário europeu da Economia

O Comissário Europeu para a Economia Paolo Gentiloni anunciou esta terça-feira que a Comissão está a preparar alterações num pacote de recuperação focado no ambiente, admitindo, contudo, que a covid-19 alterou as prioridades.

Citado pelo ECO, na Euronext ESG Summit, que decorre esta terça e quarta-feira, Gentiloni indicou que, desde o início da pandemia, “as alterações climáticas não são uma prioridade, mas sim a saúde e a economia”, mas que “o tempo está a contar”, considerando ser da responsabilidade das autoridades europeias e nacionais voltarem o foco para o ambiente.

“Estamos bastante convencidos que a tributação verde pode ser uma forte ajuda a agilizar bons comportamentos e escolhas e a tornar mais difíceis maus comportamentos e escolhas. Por essa razão, vamos atualizar a nossa diretiva sobre impostos energéticos que tem mais de 20 anos e neste momento apoia mais combustíveis fósseis do que energias renováveis”, disse, prevendo um crescimento na economia europeia de 4,2% este ano.

“Precisamos de uma ambição forte e global para o financiamento verde e para esverdear as finanças”, sublinhou, frisando: “É nisto que devíamos trabalhar nos próximos anos. Na União Europeia, estamos a dar um bom exemplo dado que a sustentabilidade e a economia verde estão no centro. Essa foi uma escolha marcante da nova comissão”.

E continuou: “Estamos a trabalhar ao nível dos impostos. Estamos bastante convencidos que a tributação verde pode ser uma forte ajuda a agilizar bons comportamentos e escolhas e a tornar mais difíceis maus comportamentos e escolhas”.

“Por essa razão, vamos atualizar a nossa diretiva sobre impostos energéticos que tem mais de 20 anos e neste momento apoia mais combustíveis fósseis do que energias renováveis”, acrescentou o responsável.

Segundo o próprio, “o compromisso existe e o dinheiro existe. Isto é inédito. Temos grandes montantes a serem gastos e concentrados na transição verde e na competitividade digital. Temos uma grande oportunidade, assente no investimento público, mas também na capacidade de captar investimento privado”.

Em julho, Bruxelas vai apresentar 12 propostas de legislação para reduzir as emissões de carbono em 55% até 2030, incluindo impostos, regras da concorrência nos mercados de carbono para as empresas e um mecanismo de ajustamento de carbono transfronteiriço.

Taísa Pagno //

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1 Comment

  1. Primeiro, alarmismo e histeria com alterações climáticas, depois toca a pagar impostos para purgar o sentimento de culpa. Primeiro as empresas, depois vão ver serão os cidadãos com o imposto verde , como se fez na França. Quem não aceita, claro, é um fascista.

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