Numa sessão de apresentação da sua moção de candidatura a secretário-geral do PS, António Costa afirmou que o objetivo será atingido graças ao Programa de Recuperação e Resiliência, que reserva 2750 milhões de euros para dois programas públicos de habitação.
O secretário-geral do PS, António Costa, garantiu, na quarta-feira à noite, em Braga, que até 2024 todas as famílias a viver em Portugal terão uma habitação condigna.
Numa sessão de apresentação da sua moção de candidatura a secretário-geral, António Costa, que é também primeiro-ministro, afirmou que aquele objetivo será atingido graças ao Programa de Recuperação e Resiliência, que reserva 2.750 milhões de euros para dois programas públicos de habitação.
“Um é dirigido às famílias mais carenciadas, que ainda vivem em habitações que não têm condições de dignidade e que visa garantir que até aos 50 anos do 25 de abril, em 2024, todas as famílias [a viver em Portugal] terão uma habitação condigna“, referiu. O outro visa garantir o arrendamento acessível, que considerou ser a “resposta certa” para a política de habitação, designadamente para os jovens.
“Temos de ter políticas públicas que assegurem arrendamento acessível para todos os jovens em Portugal”, vincou.
Para Costa, a demografia é “um dos desafios estratégicos mais importantes” que o país tem pela frente, designadamente por causa do aumento da esperança de vida. “Temos de garantir aos nossos idosos, que, de uma vez por todas, vão poder ter efetivamente os melhores cuidados de saúde a que têm direito, qualquer que seja o dia em que estejam a viver”, afirmou.
Nesse sentido, sublinhou também o investimento que vai ser feito, nos próximos seis anos, na rede de cuidados continuados integrados, com 5.300 novas camas.
António Costa disse ainda que a resposta ao problema demográfico passa por uma “política de imigração ativa e inteligente“, assegurando condições de dignidade a todos os que escolhem Portugal para viver.
“Isso é algo que temos de fazer ponto de honra: é que quem quer que seja que venha viver no nosso país, qualquer que seja a sua origem, tem que viver aqui em dignidade como qualquer ser humano tem direito a viver em dignidade onde quer que viva”, acrescentou.
“Recuperar Portugal – Garantir o Futuro” é a designação da moção de António Costa, que pretende que o país “saia mais forte” da crise pandémica.
“Temos de voltar à luta e virar desta vez a página da crise, mantendo as boas políticas que nos permitiram vencer a crise anterior. Se alguém pensa que se vence esta crise com as receitas da austeridade que já no passado falharam, estão completamente enganados. Foi virando a página da austeridade que vencemos a anterior crise e é recusando a austeridade que vamos vencer esta crise”, referiu.
Para isso, Costa defende que Portugal tem de aproveitar o Programa de Recuperação e Resiliência, a chamada “bazuca europeia”, utilizando-o como um “acelerador” para ir mais depressa e um “trampolim” para ir mais além.
“A recuperação não é voltar onde estávamos no final de 2019, nem é chegar sequer ao ponto onde estaríamos se não tivesse havido covid. Nós temos de chegar mais além e mais rápido”, rematou.
// Lusa