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O cabelo cortado nos salões de beleza do Reino Unido vai ser reciclado (em prol do ambiente)

Os cabeleireiros do Reino Unido e da Irlanda vão doar os resíduos de cabelo dos seus salões para proteger o ambiente. Como? O cabelo cortado será aproveitado para fazer tubos que impedem a propagação de derrames de óleo e as tintas vão ser queimadas para produzir energia.

O The Guardian avança que, nos últimos 10 meses, 550 cabeleireiros em todo o Reino Unido e Irlanda se inscreveram na Green Salon Collective (GSC), uma iniciativa que reduz o desperdício através de programas de reciclagem e educação.

“Os cabeleireiros são um dos maiores contribuintes para o desperdício nas ruas”, disse o cofundador do GSC, Paul Seaward, ao diário britânico. “Ficamos chocados ao ver o quanto o Reino Unido está atrasado em termos de sustentabilidade dos salões de beleza.”

Os dados do GSC revelam que cerca de 99% dos resíduos dos cortes de cabelo são enviados para aterros sanitários. Como parte da iniciativa, o grupo começou a recolher o cabelo cortado para fazer tubos de algodão ou nylon, que, quando colocados nas margens de praias, impedem a propagação dos derrames de óleo.

Na prática, os cabelos são acondicionados em tubos de algodão ou nylon e colocados nas costas das praias, um método de proteção particularmente bem-sucedido durante o derrame de óleo causado pelo naufrágio de um navio petroleiro japonês nas Ilhas Maurícias, em julho de 2020.

Mas o cabelo não é o único a ganhar uma segunda vida. Nos primeiros três meses do programa, foram recicladas 2,2 toneladas de papel alumínio, usado pelos cabeleireiros no processo de coloração do cabelo.

Os salões também foram incentivados a recolher os seus resíduos líquidos, como tintas, que foram depois encaminhados para uma infraestrutura da rede elétrica nacional. Depois de queimados, estes resíduos ajudaram a produzir energia elétrica, em vez de poluírem o solo ou os lençóis freáticos.

O GSC cobra um pagamento único de 125 libras, cerca de 145 euros, para aderir ao programa e incentiva os cabeleireiros a adicionar uma “taxa verde” aos seus preços para cobrir este gasto.

ZAP //

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