A congressista republicana Marjorie Taylor Greene perseguiu a democrata Alexandria Ocasio-Cortez pelo corredores do Capitólio, acusando-a de ser cobarde e de apoiar terroristas.
A congressista do Partido Democrata Alexandria Ocasio-Cortez saiu à frente de Marjorie Taylor Greene na quarta-feira, que gritou “Ei, Alexandria” duas vezes para chamar a sua atenção, de acordo com o The Washington Post.
Greene alcançou Ocasio-Cortez e começou a gritar com ela e a perguntar-lhe por que apoia a Antifa, um grupo ativista de extrema-esquerda, e o Black Lives Matter, rotulando-os falsamente de grupos “terroristas”.
Greene disse ainda que Ocasio-Cortez que estava a falhar em defender as suas crenças “socialistas radicais” ao recusar-se a debater com ela publicamente.
Ocasio-Cortez não parou para responder a Greene, virando-se apenas uma vez e atirando as mãos para o ar.
“Ela é cobarde. Não quer debater”, disse Greene depois de Ocasio-Cortez a ter ignorado.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, confirmou que o incidente aconteceu durante a sua conferência de imprensa semanal e sugeriu que poderia ser um assunto a ser investigado pelo Comité de Ética da Câmara.
“Foi relatado ao nosso escritório o que aconteceu ontem com a saída dos membros do plenário, a agressão verbal e o abuso de nossa colega, a deputada AOC [Alexandria Ocasio-Cortez]”, disse.
Questionada sobre o incidente, Ocasio-Cortez disse que, no seu emprego anterior como bartender, costumava expulsar pessoas como Greene dos bares “a toda a hora”. “Para mim, isso não tem a ver com o que sinto”, disse Ocasio-Cortez. “Recuso-se a permitir que mulheres jovens, pessoas de cor, pessoas que estão a defender o que acreditam, vejam este tipo de tentativa de intimidação por parte de uma pessoa que apoia os supremacistas brancos na capital da nossa nação.”
Quando questionada se se sentiu intimidada, Ocasio-Cortez disse: “Ela certamente estava a perseguir-me”.
A equipa de Ocasio-Cortez pediu um reforço da segurança no Congresso dos Estados Unidos.
Já Greene negou ter gritado com Ocasio-Cortez. Questionada sobre a perspetiva de Ocasio-Cortez apresentar uma reclamação de ética, Greene disse: “Não, ela não precisa de arquivar violações de ética ou o que quer que esteja a fazer. Isso é reagir como uma criança. Os adultos podem debater a política.”
Esta não é a primeira vez que Greene, uma caloira republicana da Geórgia que foi destituída das suas atribuições no comité por causa de declarações incendiárias e violentas no passado, teve problemas com os seus colegas democratas na Câmara.
A deputada democrata Cori Bush, do Missouri, mudou de escritório após uma discussão acalorada em janeiro, quando Bush confrontou Greene por não usar máscara num corredor do Capitólio.
Greene também enfrentou reações adversas quando publicou uma placa anti-transgénero fora do seu escritório, do outro lado do corredor de Marie Newman, cuja filha é transgénero.
“Rotulando-os (BLM e Antifa) falsamente de grupos terroristas”. Os media tinham de incluir “falsamente”. Leiam num qualquer dicionário a definição de “terrorismo” e “terrorista”, comparem com as ações destes grupos, e depois vejam se não corresponde perfeitamente. É muito óbvio que são grupos terroristas, apesar do nome pomposo. É o mesmo que chamar o Estado Islâmico de “Estado da Justiça e Paz”. “Falsamente” é o dogma e teor destas notícias de agenda claramente política. Ganhem dignidade e coragem de relatar os factos e deixem de tentar enganar o povo, que por enquanto ainda tem olhos na cara.