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Marcelo defende lei específica sobre emergência sanitária. Partidos “querem esperar”

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Homem de Gouveia / Lusa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita à Madeira em 2020

O Presidente da República disse hoje que o parlamento deve avançar com a criação de uma “lei específica sobre emergência sanitária” quando a pandemia de covid-19 terminar, vincando também que é necessário fazer uma “reavaliação do quadro constitucional”.

“Penso que é prudente fazer isso”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa. “Nós felizmente estamos já na ponta final da pandemia e, terminada a pandemia, temos o desafio económico e social e poderemos ter, com algum distanciamento, assim o parlamento o decida, uma reponderação de como enfrentar no futuro, em termos jurídicos, situações como esta”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ter já consultado os partidos com assento parlamentar sobre a eventual criação de “legislação específica” sobre emergência sanitária, mas foi decidido “levar até ao fim o processo pandémico” antes de qualquer iniciativa nesse sentido.

“Os partidos – eu ouvi sobre isso os partidos – disseram que não fazia sentido fazê-lo no meio da pandemia e que era tão complicado estar a fazê-lo assim a correr. Mais valia esperar o fim da pandemia e fazer uma reavaliação do quadro constitucional e do quadro legal”, explicou.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no sábado à noite, à chegada à Madeira, onde se encontra para apresentar cumprimentos aos órgãos de governo próprio da região autónoma, na sequência da sua reeleição como Presidente da República, e preparar as comemorações do Dia de Portugal, que este ano decorrem no arquipélago.

Em relação à Região Autónoma da Madeira, o chefe de Estado apontou que a transição da primavera para o verão será “uma boa surpresa” em termos de recuperação económica.

“A Madeira está a viver, do ponto de vista pandémico, um período muito bom e de viragem, não apenas a recuperação, mas de facto uma retoma turística, uma retoma económica em geral, francamente promissora”, declarou.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional de Saúde, o arquipélago, com cerca de 260 mil habitantes, regista 258 casos ativos de covid-19, num total de 8.988 confirmados desde o início da pandemia, e 71 mortos associados à doença.

// Lusa

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