Ricardo Salgado fez tudo o que podia para evitar que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) executasse o penhor das acções da Espírito Santo Finantial Group (ESFG), empresa da família dona do BES. Assim, o banco público acabou lesado em 114 milhões de euros.
As escutas telefónicas realizadas ao ex-banqueiro Ricardo Salgado apontam que este adiou ao máximo possível o pagamento de um empréstimo feito pela CGD à Espírito Santo International (ESI), empresa do Grupo Espírito Santo (GES), segundo o Correio da Manhã (CM).
As acções da Espírito Santo Finantial Group (ESFG) foram entregues à Caixa como garantia de pagamento de um crédito feito pela ESI.
Estão em causa conversas ocorridas entre 21 e 23 de Julho de 2014, em pleno colapso financeiro do GES e depois de Salgado já ter deixado o BES.
No final daquele mês, a ESI tinha de pagar a dívida à CGD. Contudo, Salgado tentou adiar essa data de pagamento, mantendo conversas com o então administrador da CGD, Nuno Fernandes Thomaz, e com os então funcionários do GES José Castella e Carlos Calvário.
O CM repara que Salgado pediu a Nuno Fernandes Thomaz para adiar o pagamento da dívida e que “pressionou” os dois funcionários do GES a “encontrarem uma solução que impedisse a Caixa de executar o penhor das acções da ESFG”.
Essa execução era sinal de que “o GES não conseguia pagar o empréstimo ao banco público” e deixava a Caixa “com uma participação indirecta no capital social do BES”, repara o CM.
Assim, a atitude de Salgado tinha como objectivo esconder do banco público “a difícil situação financeira do GES”, aponta o mesmo jornal.
A atestá-lo está uma conversa que manteve com José Castella, já falecido, em que lhe diz que a ESFG ia entrar em gestão controlada por não poder pagar as suas dívidas, mas pedindo-lhe para não dizer “nada” aos responsáveis da Caixa.
Note-se que poucos meses antes destas conversas, Salgado teria pedido ao Governo um empréstimo da CGD ao GES da ordem dos 2 mil milhões de euros, mas Passos Coelho recusou, como destaca o referido jornal.
“Luvas” de 7 milhões ao Embaixador da Venezuela
Entretanto, um dos inquéritos que tiveram origem no processo GES, aponta suspeitas a Salgado por alegados subornos ao Embaixador da Venezuela em Portugal, Lucas Rincón.
A notícia é da revista Sábado que fala em valores da ordem dos 7 milhões de euros e refere que se destinavam a garantir a angariação de negócios favoráveis ao GES na Venezuela. Esses pagamentos terão ocorrido entre 2009 e 2013.
Os pagamentos terão sido feitos através da Espírito Santo Enterprises, o chamado saco azul do GES.
É só um desabafo, estou cansado de ver isto, na América estavam a espera na prisão até se decidir, saturado destes e outros é pena somos um bom País com boas pessoas, pacíficos todos podíamos viver melhor sem meia dúzia destes palhaços corruptos, tenho pena adoro o meu País.
E continua em liberdade como se não seja responsável por tantos danos causados!