Cientistas identificaram um novo género e espécie de hadrossauro (ou dinossauro com “bico de pato”) através de um fóssil descoberto, em 2004, numa pequena ilha do Japão.
De acordo com o site Science Alert, além de expandir a árvore genealógica dos dinossauros, esta nova espécie – Yamatosaurus izanagii – será útil para tentar rastrear os padrões de migração dos hadrossauros.
A equipa por detrás do novo estudo, publicado a 27 de abril na revista científica Scientific Reports, sugere que os hadrossauros (também conhecidos como dinossauros “bico de pato”), poderiam ter migrado da Ásia até ao atual Alasca através da Ponte Terrestre de Bering e, então, ter-se espalhado por quase toda a América do Norte.
A nova espécie segue a descoberta de 2019, pela mesma equipa de investigadores, de outro Hadrosauridae chamado Kamuysaurus, encontrado na ilha japonesa de Hokkaido.
“Estes são os primeiros dinossauros descobertos no Japão desde o final do Cretáceo. Até agora, não fazíamos ideia de quais dinossauros tinham vivido no país no final da era dos dinossauros”, declarou o paleontólogo Yoshitsugu Kobayashi, do Museu da Universidade de Hokkaido.
Segundo os cientistas, parte da razão para a abundância e diversidade dos hadrossauros foi a sua capacidade de mastigar: tinham centenas de dentes bem compactados, que eram substituídos à medida que se desgastavam e caíam.
E, no caso do Y. izanagii, é a sua estrutura dentária que o torna único. O número e o desenvolvimento de dentes diferem bastante, sendo que provavelmente evoluiu para se alimentar de diferentes tipos de vegetação relativamente a outros hadrossauros.
Os investigadores também notaram um nível inesperado de desenvolvimento nos ombros e membros anteriores, marcando um passo evolutivo na espécie de um dinossauro bípede para um quadrúpede, o que poderá mudar a forma como a sua evolução é interpretada.
