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Vacinação. Doentes de maior risco podem ficar atrás de idosos saudáveis

A vacinação dos doentes de risco e a vacinação por faixas etárias decrescentes vai decorrer em simultâneo, em dois ramos paralelos.

O Público avança, esta segunda-feira, que as pessoas com doenças de maior risco – cancro, VIH/sida, esquizofrenia, paralisia cerebral, transplantadas – vão ser vacinadas nesta segunda-fase da campanha de vacinação, ao mesmo tempo que os cidadãos a partir dos 65 anos. No entanto, correm o risco de ficar para trás.

O matutino explica que, enquanto a vacinação das pessoas mais velhas já arrancou, tendo sido criada uma plataforma que permite o auto-agendamento, a convocatória de doentes de maior risco é um processo mais complexo e demorado, uma vez que tem que ser feito pelos centros de saúde.

Apesar de a maior parte destas doenças estar codificada pelos médicos de família, há também doentes que são seguidos nos hospitais ou fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por médicos privados, que terão que os inscrever através da PEM (Prescrição Eletrónica de Medicamentos).

No plano de vacinação consta que a vacinação dos doentes de risco e a vacinação por faixas etárias decrescentes vai decorrer em simultâneo. No entanto, a task force teme que seja arriscado misturar os doentes com os idosos saudáveis nos centros de vacinação em massa.

Por isso, está a ser equacionada a hipótese de vacinar nos hospitais o grupo dos doentes de maior risco associado a covid-19.

SMS à população

O Expresso avança que vão arrancar com dois estudos de monitorização em parceria com outras entidades, como a Direção-Geral da Saúde, serviços partilhados do Ministério da Saúde e a task force da vacinação para a covid-19.

“Um desses estudos tem a ver com o tipo de SMS que mais ajuda as pessoas a decidirem ir vacinar-se. O objetivo é saber o que dá mais confiança às pessoas e transmite mais clareza”, revela Margarida Gaspar de Matos, coordenadora da task force de cientistas comportamentais, ao matutino.

O outro estudo, que deverá começar na próxima semana, consiste na realização de entrevistas telefónicas quinzenais a cerca de mil pessoas para “entender a sua perceção de risco e adesão face à proteção da infeção”.

O grupo de trabalho – composto por seis psicólogos, um médico e um antropólogo – tem enviado semanalmente sugestões ao primeiro-ministro. “Esta task force não tem funções executivas nem deliberativas, tem independência política e baseia-se unicamente na ciência disponível na nossa área”, explicou a responsável.

Liliana Malainho, ZAP //

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