A TAP não tem mais meios disponíveis para ajudar a Groundforce, pelo que existe a “possibilidade” de os trabalhadores ficarem sem os salários de maio.
Em entrevista ao Tudo é Economia, da RTP3, Hugo Santos Mendes, secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, revelou que a TAP vai ter de dispensar mais trabalhadores para salvaguardar a sua situação financeira.
Na mesma entrevista, o responsável adiantou que a “TAP não está em condições de ajudar mais a Groundorce”, pelo que espera que não se chegue a uma “situação em que o cenário de insolvência se possa colocar”.
Assim, reconheceu que há a “possibilidade” dos trabalhadores ficarem sem os salários de maio, tudo dependendo das negociações que estão a decorrer entre a Pasogal e uma nova entidade privada.
Já em relação à TAP, Santos Mendes acrescentou que a empresa necessitará de “ter mais saídas, entre 400 e 500″. Até ao momento, foram aceites pela TAP um total de “760” saídas voluntárias.
Também esta terça-feira, Pedro Nuno Santos deu a garantia de que a equipa que vai liderar os destinos da TAP vai ser divulgada “nos próximos dias” ou, o mais tardar, “nas próximas semanas”.
O ministro não adiantou nomes, mas assegurou que o Governo está “a fazer o seu trabalho”. “Quando tivermos a equipa concluída, será conhecida”, acrescentou, citado pelo jornal i.
O semanário Nascer do SOL divulgou que Miguel Frasquilho, atual presidente do conselho de administração da TAP, se perfila para ser reconduzido no cargo.
Ramiro Sequeira, até aqui CEO interino da companhia área, deve permanecer em funções, assim como Alexandra Reis – contratada pelo Grupo Barraqueiro para as compras da TAP – e Arik De, nos últimos anos responsável pelo departamento de redes e controlo de receita da companhia.
Além destes elementos, há ainda uma vaga por preencher, indicada pelo Ministério da Defesa.
Se tivessem deixado falir a tap, o governo poderia ficar com os activos e ter criado uma nova companhia aérea à medida das possibilidades do pais, tendo mantido também outras empresas associadas ao ramo. Agora isto transformou-se num processo agonizante sem fim à vista e a requerer ainda mais dinheiro público. Isto não é estratégia nenhuma. É um buraco sem fundo. Tipo ppp.
E que tal dispensarem administradores que nada estão a fazer a não ser levar chorudos vencimentos sem qualquer justificação?