/

Arena de gladiadores romana descoberta na Turquia. Foi construída durante a Dinastia Severan

9

Mehmet Umut Tuncer

Uma equipa de arqueólogos descobriu vestígios de uma arena da era romana na Turquia. Os especialistas estimam que o local tivesse capacidade para albergar até 20.000 espectadores.

A arena, que deverá ter cerca de 1.800 anos, foi descoberta nas colinas da antiga cidade de Mastaura, na província de Aydın, no oeste da Turquia. A sua grande zona central, onde os arqueólogos acreditam que ocorreram muitas batalhas de sangue, foi encontrada coberta de terra e vegetação e talvez por isso só agora tenha sido descoberta.

“A maior parte do anfiteatro está sob o solo” e a parte que é visível estava amplamente coberta por “arbustos e árvores selvagens”, contou Mehmet Umut Tuncer, diretor de Cultura e Turismo de Aydın.

Os investigadores descobriram a arena no verão de 2020, depois de receberem autorização por parte do Ministério da Cultura e Turismo da Turquia para conduzir pesquisas arqueológicas na cidade antiga.

Após a limpeza do local, a equipa percebeu que a arena era antiga e datava de cerca de 200 d.C., o que significa que foi construída durante a Dinastia Severan.

“Durante esta dinastia, a cidade de Mastaura era muito desenvolvida e rica, sendo que os administradores romanos ajudaram a cidade a crescer economicamente, o que levou a novos trabalhos em pedra”, explicou Tuncer.

A equipa deparou-se com uma estrutura subterrânea que estava bem preservada. “É sólida, como se tivesse acabado de ser construída”, referiu Tuncer, acrescentando que apesar das estruturas acima do solo terem ruído ao longo dos anos, ainda é possível encontrar “algumas filas de assentos, a arena onde os gladiadores lutaram e as paredes de suporte fora do prédio”.

Segundo a equipa, o local albergava entre 15.000 e 20.000 pessoas, mas ainda assim a arena era menor do que o famoso Coliseu de Roma – que acomodava cerca de 50.000 pessoas.

Sedat Akkurnaz, arqueólogo da Universidade Adnan Menderes, disse ao Live Science que as batalhas de gladiadores e de animais selvagens da arena Mastaura foram, provavelmente, tão sangrentas quanto as que ocorreram em Itália.

O especialista acredita que a arena atraiu muitos visitantes, sobretudo “pessoas de cidades vizinhas que vinham a Mastaura para assistir aos grandes espetáculos”.

Atualmente, a equipa está a trabalhar com o Museu Arqueológico de Aydın e o Município de Nazilli para limpar e preservar a arena. O objetivo é corrigir as lacunas das paredes e reformar as pedras que estão a cair da estrutura antiga.

Os especialistas já conservaram uma das paredes da arena e começaram a utilizar um laser na estrutura para criar imagens virtuais em 3D.

Ana Isabel Moura, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

9 Comments

      • Não é lá grande opção…afinal de contas a notícia está em português e Severan está em inglês.
        Não tem cabimento essa opção, se este canal de noticias escreve em português!
        Até parece que têm vergonha de escrever em português!

        • Caro leitor,
          Obrigado uma vez mais pelo seu comentário.
          Não se trata de vergonha de escrever em bom português, como o tentamos fazer, mas mais de não a ter de usar termos em qualquer outra língua, se tal acharmos adequado. O ZAP é um jornal online, não é um jornal “em linha”.
          Mas neste caso concreto não se trata de achar que o termo “severan” é o mais adequado. Trata-se de, humildemente, acharmos que o termo “dinastia severa”, sendo aparentemente o termo correto, é peculiar. Na nossa modesta opinião, faria mais sentido designar a dinastia do general Severus como “dinastia severana” – cujo uso é muito pouco comum. Mas é um caso em que a nossa opinião não conta, contam as regras da língua portuguesa, seja então “dinastia severa”. O que não nos impede forçosamente de optar por não traduzir o termo, como fizemos.

          • Gostaria de saber o que pensaria a fadista Severa desta sua opinião. Também não acho nada bem chamar à baila o arcebispo João Peculiar.

          • Caro leitor,
            A sua comparação é de facto bastante peculiar, mas não percebemos bem o seu ponto. Obviamente que há inúmeros apelidos que são adjetivos.
            O que dissemos achar estranho (se bem que, realçámos, aparentemente correto neste caso), é o uso de um adjetivo como substantivo coletivo.
            Os seguidores de Lutero não são luteros, são luteranos, mas aparentemente os descendentes de Severo são severos, não severanos.
            Damos este assunto por encerrado.

    • Dinastia Severan… O jornal online… talvez queiram traduzir só metade e então passa a ser um jornal onlinha!!! Conversa da treta!! O Nero tem toda a razão… Foi um erro do autor, mas como sempre, nunca é admitido. Falta de humildade… É típico!

  1. Dinastia Severan… O jornal online… talvez queiram traduzir só metade e então passa a ser um jornal onlinha!!! Conversa da treta!! O Nero tem toda a razão… Foi um erro do autor, mas como sempre, nunca é admitido. Falta de humildade… É típico!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.