O Novo Banco avançou com uma nova ação de execução contra duas empresas de José Berardo, no valor de 3,5 milhões de euros.
O Novo Banco interpôs uma ação de execução ordinária contra a Metalgest e a Fundação José Berardo, duas sociedades ligadas ao empresário madeirense Joe Berardo. Segundo o Expresso, exige a cobrança coerciva de 3.548.584,66 euros.
O processo entra na justiça quase dois anos depois de o Novo Banco ter avançado, em conjunto com a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Comercial Português, para um processo de execução contra as mesmas Metalgest e Fundação José Berardo, mas também contra a Moagens Associadas e o próprio José Berardo em nome individual.
O valor reclamado era maior: 962 milhões de euros.
A ação de execução no valor de 3.548.584,66 euros deu entrada na quinta-feira no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. A Metalgest é uma holding presidida por Berardo e com sede na Zona Franca da Madeira, enquanto a Fundação José Berardo é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS).
O matutino realça que vários bancos têm ações individuais contra Joe Berardo. A CGD, por exemplo, já tinha colocado quatro ações desde 2016: uma contra Berardo, no Funchal, de 2,85 milhões; outra contra a Metalgest, em 55,9 milhões, em 2017; outra, em 2019, contra Berardo, de 43,5 milhões; e ainda uma em 2020 contra a Fundação José Berardo e a Associação de Coleções, de 42,1 milhões.
Os bancos colocaram também outros processos em tribunal para tentarem provar que as obras da Coleção Berardo lhes pertencem, por terem sido dadas como penhor através da Associação Coleção Berardo. Na justiça, corre uma investigação contra o empresário, nomeadamente enquanto devedor do banco público.