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Organizador do White Lives Matter está a formar um novo grupo fascista (que quer uma guerra racial)

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Patrick T. Fallon / AFP

Organizador do White Lives Matter está a formar um novo grupo fascista, que procura agradar à opinião pública e quer ver uma guerra racial nos Estados Unidos.

O organizador do abortado comício White Lives Matter, em Raleigh, na Carolina do Norte, quer agora lançar um movimento fascista, de acordo com as gravações de um chat de voz vazado às quais o Raw Story teve acesso. O homem diz ser um membro da Guarda Nacional dos Estados Unidos — uma força militar da reserva sob comando federal.

O grupo do Telegram, anteriormente conhecido como “Bolts”, cancelou o comício White Lives Matter após saber que a iniciativa não teria o apoio dos Proud Boysuma organização política neofascista de extrema-direita. O grupo mudou de nome para “American Union Fascist”.

O fundador deste movimento, que se fez conhecer também sob o nome “Bolts”, espera agora criar um novo grupo fascista na Carolina do Norte até este verão.

“Não teremos mais medo de espalhar a verdade e marcar presença nas áreas públicas. Começaremos devagar. Ganharemos apoio online e através de propagandas nas principais cidades do estado. Teremos reuniões privadas presenciais para nos conhecermos e compartilharmos ideias. Então, quando estivermos seguros e tivermos apoio suficiente, iremos marchar. Tomaremos as ruas de volta dos degenerados”, disse o homem de identidade desconhecida no chat da rede social Telegram.

Depois de cancelar o comício White Lives Matter, “Bolts” convidou o grupo de apoiantes envolvidos no planeamento do evento para um chat de voz privado para discutir o lançamento do novo grupo.

Um dos focos da discussão foi tentar ‘aligeirar’ a veia racista do grupo, de forma a conseguir apoio da opinião pública. Alguns dos membros do chat mostraram-se céticos em relação a isto, escreve o Raw Story.

“Bolts” disse ainda que imagina um grupo que realiza ações comunitárias para sem-abrigo, com alguns membros a filmar para que depois possam partilhar as suas boas ações no Twitter e no Telegram.

A postura de preocupação com a opinião pública que “Bolts” deseja promover desmente as opiniões expressas na sua conta no Twitter, que mostram alguém ansioso para que os supremacistas brancos façam sentir a sua presença nas ruas e ver uma guerra racial acontecer nos Estados Unidos .

Em julho do ano passado, “Bolts” expressou admiração por Adolph Hitler e George Lincoln Rockwell, fundador e comandante do Partido Nazi Americano, no Twitter.

Daniel Costa, ZAP //

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