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Boris terá recusado cimeira para estabilizar situação na Irlanda do Norte

number10gov / Flickr

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, terá recusado a realização de uma cimeira de urgência com o seu congénere da Irlanda.

De acordo com o The Guardian, a proposta do Governo de Dublin para uma conferência ao mais alto nível tinha como objetivo ajudar a estabilizar a situação, após uma semana de violência na Irlanda do Norte, mas não foi recebida com entusiasmo. O Governo de Boris Johnson estará a resistir a esta intenção.

“A opinião em Dublin é de que a liderança política necessária para estabilizar a situação não se encontra, neste momento, na Irlanda do Norte. É preciso que venha dos dois Governos”, revelou uma fonte ao diário britânico. O Governo da República da Irlanda entende que a situação exige que os dois Governos se sentem à mesa com urgência.

O Público salienta que, da agenda da cimeira, constariam os temas que contribuíram para a violência na Irlanda do Norte, desde já os problemas comerciais e fronteiriços que resultaram do Brexit.

O acordo assinado pelo Governo britânico com a União Europeia (UE) impôs controlos aduaneiros e fronteiriços a algumas mercadorias que circulam entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.

Os unionistas rejeitam esta solução por considerarem que, na prática, equivale ao estabelecimento de uma nova fronteira no mar da Irlanda entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.

Um dos principais rastilhos dos protestos são as complicações económicas e políticas do acordo. Segundo o diário, os motins não deram sinais de abrandamento durante o fim de semana, com a ocorrência de vários focos de violência.

O Sunday Mirror avança, inclusive, que foram enviadas para a Irlanda do Norte oito unidades de tropas especiais à paisana para conter a situação. O receio das autoridades britânicas é de que os distúrbios se transformem em ataques paramilitares, num regresso aos tempos dos Troubles.

ZAP //

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