Primeiro caso suspeito de Ébola em Espanha

TD Teacher Dude's BBQ /Flickr

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Uma pessoa que poderá ter contraído o vírus Ébola foi colocada em isolamento num hospital especializado em Alicante, na região oeste de Espanha, anunciaram este sábado as autoridades sanitárias do país vizinho.

O paciente, de nacionalidade nigeriana, apresentava febre, inflamação das amígdalas e mal-estar geral, tendo sido transportado para o hospital de referência da província espanhola para possíveis casos de Ébola.

Segundo a imprensa espanhola, o paciente chegou ao hospital acompanhado pela irmã, que não apresentava quaisquer sintomas.

Os resultados das análises realizadas ao doente só serão conhecidos “na próxima semana, talvez na segunda-feira”, disse uma fonte hospitalar de Alicante.

Este é o primeiro caso suspeito da doença do vírus Ébola em Espanha, depois da morte do missionário espanhol Miguel Pajares, repatriado para Madrid a 07 de agosto.

Segundo a última actualização da OMS, o surto da doença, que surgiu no início de Março na Guiné Conacri, já fez 1145 mortos em 2127 casos.

Epidemia alastra mais depressa que capacidade de resposta

A epidemia do vírus Ébola na África ocidental “está a alastrar e a situação deteriora-se mais rapidamente do que a capacidade de resposta”, advertiu Joanne Liu, diretora da ONG Médicos Sem Fronteiras, após uma visita de dez dias à região.

“Estamos perante uma total falência das infraestruturas“, disse Liu, considerando que “se a situação não for estabilizada na Libéria, nunca se estabilizará a região”.

“Trata-se apenas da ponta do icebergue”, advertiu a responsável da organização não-governamental (ONG) de prestação de cuidados médicos às pessoas contaminadas.

A doença, que se transmite por contacto directo com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infectados, causa graves hemorragias e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%. Não é conhecida vacina.

Esta é a primeira vez que se identifica e confirma uma epidemia de Ébola na região da África Ocidental, até aqui sempre registadas na África Central.

ZAP / Lusa

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