Canadá e alguns hospitais alemães suspendem AstraZeneca em menores de 55

Luong Thai Linh / EPA

O Comité Nacional de Aconselhamento sobre Imunização do Canadá recomendou uma pausa na vacinação da AstraZeneca contra a covid-19 em pessoas com menos de 55 anos.

Segundo o Jornal de Negócios, o Canadá vai deixar de administrar de forma temporária a vacina da AstraZeneca a menores de 55 anos. A decisão foi tomada, esta segunda-feira, depois da recomendação do Comité Nacional de Aconselhamento sobre Imunização, que alega “razões de segurança”.

“Existe uma incerteza substancial sobre os benefícios de administrar a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 a adultos com menos de 55 anos, devido aos riscos potenciais”, afirmou Shelley Deeks, vice-diretora deste comité.

Os receios aumentaram depois da suspensão da administração da vacina em vários países da Europa devido à formação de coágulos sanguíneos. Segundo a organização canadiana, a maioria das pessoas vacinadas com a AstraZeneca que desenvolveu estes coágulos são mulheres com menos de 55 anos, sendo que a taxa de mortalidade nestes casos é de 40%.

Até ao momento, não foram reportados casos no Canadá. O país deverá receber, ainda esta semana, dos Estados Unidos 1,5 milhões de doses da farmacêutica anglo-sueca.

Segundo a SIC Notícias, os grupos hospitalares de Berlim Charité e Vivantes também interromperam a administração desta vacina em mulheres com menos de 55. Antes, no distrito de Euskirchen, em Colónia, já se tinha optado pela mesma decisão.

Em causa estão dois casos de trombose registados, um deles numa mulher de 47 anos que morreu dias após a vacinação, conta o canal televisivo.

O jornal online Observador também acrescenta que, quando retomou o uso da vacina da AstraZeneca, França também anunciou que só o faria para maiores de 55 anos.

A vacina tem sido amplamente utilizada no Reino Unido, ao longo do continente europeu e em outros países, mas a sua aplicação foi perturbada por diversos relatórios inconclusivos sobre a sua eficácia e, mais recentemente, pelos receios sobre os seus efeitos secundários e que implicaram uma pausa nas inoculações.

ZAP // Lusa

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