PSD e CDS prometem mais coligações no Porto, mas parece estar tudo igual

PSD / Flickr

Alberto Machado, líder da distrital do PSD no Porto

Os líderes das distritais do PSD e do CDS do Porto assinaram, esta segunda-feira, um acordo ‘chapéu’ a replicar o acordo-quadro firmado a nível nacional entre os dois partidos.

De acordo com o semanário Expresso, os líderes das distritais do PSD e do CDS do Porto assinaram, esta segunda-feira, um acordo de princípio de coligações para as próximas autárquicas, que replica o acordo-quadro nacional firmado pelos líderes dos dois partidos há duas semanas.

No acordo, sociais-democratas e centristas comprometem-se em concorrer numa única candidatura a todos os órgãos autárquicos no maior número possível de municípios, estando ainda coligações abertas com outros partidos, com exceção do Chega.

Tal como aconteceu em 2017, escreve o mesmo jornal, os dois partidos deverão ir a jogo juntos em quatro dos cinco municípios onde governam: Maia, Trofa, Amarante e Penafiel.

Mas, de acordo com Fernando Barbosa, presidente da distrital do Porto do CDS, de fora das contas conjuntas mantém-se o Porto, depois do apoio declarado ao independente Rui Moreira em 2013 e 2017.

“É esta a nossa vontade, cenário que só mudará se Rui Moreira por alguma razão não se recandidatar”, afirmou o centrista.

Por sua vez, o ‘laranja’ Alberto Machado afirmou que “o atual presidente da Câmara do Porto já disse tantas vezes que não se recandidata como deu a entender o contrário. Portanto, até que se decida, ainda temos esperança que o CDS trave connosco a luta por um Porto mais inclusivo, desenvolvido, de mais ação e menos promessas ao nível de políticas públicas, do ambiente à mobilidade e habitação”, salientou, referindo-se à candidatura de Vladimiro Feliz.

Em Vila Nova de Gaia, as negociações em torno do apoio à candidatura de António Oliveira já estão “em curso e têm tudo para serem fechadas rapidamente”. Já em Matosinhos, apurou o Expresso, há mais constrangimentos, uma vez que o CDS local decidiu apoiar o independente António Parada, vereador da autarquia que deverá ir de novo a votos.

Ex-comentadora da TVI deverá ser candidata à Amadora

Segundo o jornal online Observador, Suzana Garcia, advogada e ex-comentadora da TVI, deverá ser a candidata do PSD à Câmara da Amadora. O nome foi aprovado pelas estruturas locais do partido, só faltando por isso a luz verde de Rui Rio.

O mesmo jornal digital avança que a advogada escolheu a Amadora por entender que é um concelho onde os problemas entre a comunidade e forças de segurança se estão a tornar cada vez mais evidentes.

Suzana Garcia tornou-se conhecida do público, em 2016, quando começou a participar no programa “SOS 24”, da TVI, e mudou-se, mais tarde, para o programa “Você na TV”. Segundo o Observador, acabou por abandonar a estação em rota de colisão com Cristina Ferreira.

Enquanto comentadora do programa das manhãs, esteve envolvida em várias polémicas, devido às suas declarações sobre temas como o racismo e a xenofobia. Talvez por isso tenha sido sondada também pelo Chega, com a própria a admitir numa entrevista recente que “foi sondada múltiplas vezes” pelo partido de André Ventura, mas que nunca aceitou “nenhuma das candidaturas propostas”.

Eduardo Teixeira candidato do PSD a Viana do Castelo

O deputado e presidente da concelhia do PSD de Viana do Castelo, Eduardo Teixeira, é candidato à Câmara da capital do Alto Minho nas eleições autárquicas deste ano, disse, esta segunda-feira, o presidente da distrital.

Em declarações à agência Lusa, Olegário Gonçalves adiantou que o nome de Eduardo Teixeira foi aprovado, por unanimidade, em reunião daquele órgão partidário.

Em setembro de 2020, Eduardo Teixeira, economista de 48 anos, foi reeleito pela terceira vez consecutiva presidente da concelhia de Viana do Castelo. Desempenha ainda as funções de primeiro secretário da mesa do conselho nacional e do congresso dos órgãos nacionais e é presidente da mesa da assembleia distrital do Alto Minho.

É a segunda vez que o deputado concorre à Câmara de Viana do Castelo, que está nas mãos do PS desde 1994.

Em 2009, ano em que o antigo presidente Defensor Moura não se pode recandidatar por ter atingido o limite de mandatos autárquicos, e lhe sucedeu José Maria Costa, o PS conquistou 50,2% dos votos e garantiu cinco mandatos. A lista encabeçada por Carvalho Martins, em coligação com o CDS-PP, contabilizou 35,12% dos votos e assegurou quatro lugares na autarquia.

Em 2013, os socialistas desceram a votação para os 47,67%, mantendo cinco mandatos. O PSD, então liderado por Eduardo Teixeira, alcançou 26,56% dos votos e três mandatos e a CDU conquistou 10,57% dos votos e recuperou o mandato perdido nas eleições anteriores.

Em 2017, o PS recandidatou, pela última vez, o socialista José Maria Costa, que venceu com 53,68% votos e aumentou para seis o número de mandatos autárquicos. Já o PSD apresentou o professor Hermenegildo Costa, que somou 21,25% votos, e perdeu um dos três mandatos que os social-democratas detinham. A CDU segurou o único lugar no executivo municipal, com 8,11% dos votos.

Nessas eleições, o PSD apresentou duas listas de candidatos à Assembleia Municipal daquele concelho. Uma das listas, apresentada pelo candidato do partido à Câmara de Viana do Castelo, homologada pelos órgãos nacionais e aprovada pela distrital. A outra, liderada pelo presidente da concelhia e deputado na Assembleia da República, Eduardo Teixeira.

O Tribunal de Viana do Castelo rejeitou a lista apresentada e liderada por Eduardo Teixeira, por “irregularidade insuprível”. Também o Tribunal Constitucional “negou provimento” ao recurso.

Após as autárquicas, Carlos Morais Vieira, então presidente da distrital do PSD responsabilizou Eduardo Teixeira, pela perda de um dos três vereadores que o partido detinha no anterior executivo municipal, de maioria socialista.

Eduardo Teixeira exerceu um primeiro mandato como deputado na Assembleia da República entre 2011 e 2015.

Nas eleições legislativas de 2019, Teixeira foi o nome apontado pelo partido para o terceiro lugar da lista pelo Alto Minho depois do veto dos órgãos nacionais a Carlos Morais Vieira, líder da distrital social-democrata entre 2014 e 2020.

A distrital PSD foi liderada durante seis anos por Eduardo Teixeira, que por ter atingido o limite de três mandatos consecutivos para aquele órgão não pôde concorrer em 2014.

Carlos Morais Vieira, empresário, demitiu-se em março de 2013 da concelhia liderada por Eduardo Teixeira, alegando “discordâncias” na estratégia autárquica, depois da homologação da sua candidatura à Câmara, nas autárquicas desse ano.

ZAP // Lusa

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