O Kosovo abriu oficialmente, este domingo, uma embaixada na cidade disputada de Jerusalém, reconhecendo-a de facto como a capital de Israel.
A representação diplomática foi aberta, este domingo, com uma breve cerimónia durante a qual a bandeira do Kosovo foi içada diante do edifício da embaixada e uma placa identificativa com as palavras “República do Kosovo”, em albanês, hebraico e inglês, fixada na entrada, precisou o Ministério dos Negócios Estrangeiros kosovar, em comunicado.
Em troca do reconhecimento da sua independência por Israel, o Kosovo tornou-se o primeiro país de maioria muçulmana a reconhecer Jerusalém como a capital do Estado hebreu. Antes dele, os Estados Unidos e a Guatemala também avançaram com esta decisão.
A decisão de Pristina provocou críticas, não apenas entre países de maioria muçulmana, como a Turquia, que denunciou uma violação das resoluções da ONU e do direito internacional, mas também da União Europeia (UE).
Num quadro de reconhecimento mútuo, Israel reconheceu oficialmente o Kosovo, antiga província sérvia que proclamou em 2008 a sua independência, como um Estado independente, juntando-se assim à maioria dos países ocidentais e abandonando o grupo que inclui a Sérvia, a China e a Rússia.
O Kosovo e Israel estabeleceram relações diplomáticas em fevereiro. Tal como recorda o jornal Público, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve um papel importante no estabelecimento destes laços.
“O juramento feito na Sala Oval foi finalmente cumprido”, escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros kosovar no Twitter.
A questão de Jerusalém e do seu estatuto continua a ser um dos pontos mais sensíveis do conflito israelo-palestiniano. A Autoridade Palestiniana quer que Jerusalém Oriental, ocupada por Israel na guerra dos Seis Dias em 1967 e depois anexada, seja a capital de um futuro Estado palestiniano.
ZAP // Lusa