Uma equipa de investigadores apresentou um documento ao Governo onde propõe cinco linhas de ação para controlar a pandemia de covid-19 no país: testar, seguir, isolar, vacinar e informar.
O descontrolo nos números de infetados e mortos no início de janeiro levou oito investigadores a apresentarem uma solução ao Governo. “Quando António Costa veio dizer que precisávamos de um plano, tornou-se claro que o plano não existia”, disse ao Observador Joana Gonçalves Sá, investigadora no Instituto Superior Técnico.
O plano é flexível o suficiente para poder ser ajustado às necessidades do país, sendo fundamental que se crie um grupo de trabalho com capacidade de coordenação deste.
Com o aproximar do desconfinamento, os autores do documento deram “especial ênfase à reabertura de escolas e manutenção de aulas presenciais, e a um controlo epidemiológico que garanta a abertura de fronteiras e a possibilidade de deslocação na primavera/verão”.
“Qualquer estratégia que venha a ser desenvolvida implica a criação de um novo sistema de informação, rápido e capaz de recolher e analisar dados, monitorizar e dar apoio à decisão”, escrevem os investigadores.
Cruzar várias bases de dados com os dados de vigilância epidemiológica, como testes e sequências genéticas, permitiria identificar rapidamente os doentes com comorbilidades que devessem integrar o processo de vacinação. Todavia, o mais simples passa por vacinar as pessoas em função da idade.
“Em Portugal, a taxa de letalidade por covid-19 entre os maiores de 80 anos está perto dos 16% (sendo mais baixa fora dos picos pandémicos), e é cerca de duas vezes superior à do grupo 70 a 79 anos e sete vezes superior à do grupo 60 a 69”, escrevem os autores.
Os investigadores defendem ainda a utilização de Inteligência Artificial no tratamento dos dados, que ajudaria a “antecipar o aparecimento de novos surtos” ou analisar os resultados para “ir desenhando soluções mais adequadas”.
Além disso, os autores do documento defendem a criação de uma nova task force, que iria ser uma espécie de coordenadora das que já existem e teria capacidade de recolher e analisar a informação, tomar decisões e implementar as medidas.
A abertura das escolas e a manutenção do ensino presencial devem ser prioritárias. Por isso, os investigadores sugerem que se realizem testes aleatórios na população escolar ou se use grupos sentinela — pessoas que têm maior risco e que podem ser testadas com maior frequência, para detetar precocemente um surto, protegendo essas pessoas e a comunidade escolar, explica o Observador.
Como alternativa aos testes tradicionais, os investigadores propõem testes rápidos de saliva. Outra medida proposta é a análise de várias amostras em simultâneo para reduzir os custos e o tempo de avaliação.
Em última análise, para decidir a melhor forma de implementar os testes, os investigadores criaram cinco cenários: sem transmissão, com transmissão baixa, com transmissão moderada, com transmissão alta e com transmissão substancial.
Em cada um desses cenários, é definido como deve ser testada a população de risco alto, médio e baixo, os grupos sentinela e os viajantes, que tipo de testes devem usar-se e se deve ser feita a sequenciação genética dos vírus.
Querem uma nova TASK FORCE porquê? Esta com um militar que já deu provas de ser anticorrupção não interessa? Querem lá pôr os seus “boys” incompetentes como o anterior?
Não me parece que sejam incompetentes: Já liquidaram velhos suficientes para não se aumentar tanto a idade da reforma. E com a estória mal contada da falta de vacinas, ainda vão liquidar mais. È um sucesso!