Costa imune ao descontrolo da pandemia. Popularidade de Marcelo dispara

José Coelho / Lusa

A sondagem TSF/JN/DN regista uma avaliação positiva do primeiro-ministro e do Presidente da República, com este a atingir um novo pico de popularidade. Os líderes do PSD e do Chega surgem empatados como principais figuras da oposição.

De acordo com a sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e rádio TSF, apesar do descontrolo da pandemia no mês de janeiro, uma maioria de 56% faz uma avaliação positiva do trabalho do primeiro-ministro. Esta avaliação não varia muito dos resultados do barómetro de dezembro passado, tendo subido um ponto percentual.

29% consideraram que a atuação de António Costa foi negativa. Fazendo a diferença entre as avaliações positivas e negativas, o líder do Governo regista um saldo positivo de 27 pontos, valor praticamente igual ao que tinha em dezembro.

Relativamente ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, regista-se um novo pico de popularidade (68% de avaliações positivas), mais seis pontos percentuais do que na última sondagem, quando essa popularidade estava em queda.

Apenas 18% fizeram uma avaliação negativa do chefe de Estado, o que faz com que alcance um saldo positivo de 50 pontos (mais 10 do que no barómetro de dezembro).

A sondagem mostra também que Marcelo tem carta branca para ser mais exigente com o Governo. 70% defendem um maior grau de exigência, enquanto 24% respondem que não é necessário.

O inquérito da Aximage revela que o Executivo também se encontra estabilizado, sendo que 50% dos inquiridos fazem uma avaliação positiva e 33% negativa. No caso da oposição, 41% tem uma opinião negativa, contra 28% que considera que estes partidos têm tido uma atuação positiva.

Quando se questiona quem é a principal figura da oposição, o líder do PSD, Rui Rio, e o presidente do Chega, André Ventura, surgem empatados com 33%. Em terceiro lugar fica a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, com 10%.

Questionados sobre quais são as prioridades, os inquiridos desta sondagem apontaram o combate à pandemia (85%) e o investimento no Serviço Nacional de Saúde (84%) como sendo as principais.

Seguem-se o combate à pobreza (79%), o fortalecimento da economia (69%) e, bem mais abaixo, a redução do défice (38%).

Segundo o DN, a sondagem foi conduzida nos últimos quatro dias da semana passada, período em que os números da pandemia já mostravam uma clara melhoria, o que pode explicar os resultados positivos do primeiro-ministro e do Presidente.