Os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo contra uma “infraestrutura utilizada por milícias apoiadas” pelo Irão no leste da Síria, anunciou esta sexta-feira o Pentágono.
“Os ataques foram autorizados em resposta a ataques recentes contra funcionários dos Estados Unidos e da Coligação no Iraque, e ameaças contínuas contra estes funcionários”, disse o porta-voz do Departamento da Defesa dos EUA, John Kirby, em comunicado.
O ataque aéreo contra uma “infraestrutura utilizada por milícias apoiadas pelo Irão no leste da Síria”, como a Kataeb Hezbollah (KH) e Kataeb Sayyid al-Shuhada (KSS), é a primeira ação militar conhecida sob a égide do Presidente Joe Biden, que iniciou o mandato no final de janeiro.
“O Presidente Biden vai agir para proteger o pessoal norte-americano e da Coligação. Ao mesmo tempo, agimos de uma forma que tem como objetivo diminuir a tensão no leste da Síria e no Iraque”, acrescentou Kirby.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, pelo menos 17 combatentes pró-Irão morreram neste ataque, sendo “todos membros do Hachd al-Chaabi”, disse o diretor desta ONG, Rami Abdel Rahmane, citado pelo jornal Público.
Segundo a agência Reuters, os ataques parecem ser limitados no seu alcance, o que poderá baixar o potencial risco de aumento de tensões.
Um funcionário dos EUA, que quis manter o anonimato, disse que a decisão de realizar os ataques visava enviar um sinal de que, embora o país desejasse punir as milícias, não queria que a situação se transformasse num conflito maior.
O mesmo funcionário disse que foram apresentadas a Biden várias opções e que foi escolhida uma das respostas mais limitadas.
Os ataques acontecem quase duas semanas depois de um ataque contra a principal base militar no aeroporto de Erbil, no Iraque, em que morreu um funcionário civil de uma empresa privada e nove pessoas ficaram feridas, incluindo um soldado dos EUA, recorda o Público, acrescentando que, dias depois, as bases norte-americanas em Bagdade também foram atingidas por rockets, incluindo edifícios na chamada Zona Verde.
ZAP // Lusa
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