Artistas e entidades culturais portugueses escreveram uma carta aberta ao primeiro-ministro a criticar o facto de não haver uma proposta de investimento na Cultura no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“As Entidades da Cultura subscritoras verificaram que no Plano de Recuperação e Resiliência a apresentar em Bruxelas, trazido a público para consulta no dia 16 deste mês, não existe qualquer proposta relativa ao investimento na Cultura”, lê-se na carta divulgada na sua totalidade pelo jornal Público.
A carta é assinada por artistas como Camané, Miguel Lobo Antunes, Pilar del Río e Sérgio Godinho, entre outros. Além disso, várias entidades culturais, como a APTA – Associação Portuguesa de Técnicos do Audiovisual e a APR – Associação Portuguesa de Realizadores, estão entre as signatárias.
Segundo o Governo, o PRR é um documento no qual “estão plasmadas reformas estruturais fundamentais para assegurar a saída da crise pandémica e garantir um futuro resiliente para Portugal”.
No entanto, os artistas questionam a ausência de investimento na cultura neste plano e exigem que a oportunidade seja aproveitada.
“Estranhamos, portanto, que a Cultura não esteja presente, nas suas variadas áreas – criação, património, fruição, acesso, e necessárias dimensões de capacitação tecnológica, infraestruturas e internacionalização. A que se deve esta ausência? Está este Governo, e o seu Primeiro-Ministro, a assumir que não vê na Cultura um motor fundamental de desenvolvimento e coesão nacional? Significa esta decisão uma desresponsabilização do Governo relativamente a este sector tão vasto, diverso e que gera um inegável valor?”, lê-se ainda na carta aberta.
Os signatários falam ainda de um “crónico sub-financiamento, precariedade e falta de investimento estrutural”, assim como da “assimetria no acesso aos bens culturais e às infraestruturas entre as diferentes regiões do país”. Estas “fragilidades históricas” apenas serão agravadas pela pandemia, deixando a recuperação e resiliência deste setor “ameaçadas”.
A falta de intervenção do Governo “terá consequências económicas, sociais e políticas de larga escala”, garantem os artistas.
“Por estes motivos, vimos por este meio exigir a inclusão de um plano para a Cultura que aproveite a oportunidade que se nos apresenta, revitalizando de forma estruturante este sector tão central ao futuro da nossa vida nacional”, escrevem, por fim.
Este gajo só quer saber dos cofres.
Estes artistas são mesmo tontos, andarem a procurar soluções junto de quem causa o problema!