A partir desta semana, a Google vai começar a pagar a empresas de comunicação no Reino Unido para utilizar os seus artigos na nova plataforma de notícias Google News Showcase, incluindo 120 jornais britânicos, como o Telegraph e o Financial Times.
Segundo noticiou na quinta-feira o Público, a entrada do Reino Unido na plataforma ocorre num momento em que a União Europeia (UE) e a Austrália avaliam a possibilidade de exigir que o motor de busca da Google pague pelos excertos (títulos e primeiras frases) das notícias que mostra.
Ao jornal diário, a equipa da Google indicou que o que se faz com a Google News Showcase é muito diferente do que os que países como a Austrália pedem. O Governo australiano está a tentar definir um código para obrigar a Google e o Facebook a pagar aos meios de comunicação pelos excertos das notícias que apresentam.
“O que o código na Austrália pede é para pagar por todas as hiperligações e excertos. Isso é uma linha vermelha”, explicou um porta-voz da Google. “Isso iria criar um precedente prejudicial e daria privilégios para um grupo de conteúdo – de sites de notícias acima de outros sites”. A empresa ameaçou retirar o motor de busca do país se a legislação avançar.
A Google News Showcase já inclui 450 publicações ‘online’ da Alemanha, Austrália, Argentina, Canadá, França e Reino Unido e um investimento de mil milhões de dólares (824 milhões de euros) nos próximos três anos.
A Google, que detém o YouTube entre outras plataformas, tem um poder ser precedentes na história mundial. O pior de tudo (ou melhor, depende do espectro político de cada um) é que é altamente enviesada politicamente (à esquerda). Estas mega-plataformas têm o poder de censura e de manipulação da opinião pública, capaz até de interferir em eleições, como se viu nos EUA. Para mim, essa é a maior preocupação.