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Portugal entra na lista da Alemanha de países de “alta incidência”

José Sena Goulão / Lusa

A Alemanha incluiu Portugal no grupo de mais de 20 países e territórios considerados de “alta incidência” da pandemia de covid-19.

Neste grupo, além de Portugal, estão Albânia, Andorra, Bolívia, Bósnia, Egito, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Eslovénia, Estados Unidos, Estónia, Irão, Israel, Colômbia, Kosovo, Letónia, Líbano, Lituânia, Macedónia do Norte, México, Montenegro, Panamá, República Checa, Sérvia e Territórios Palestinianos.

O Instituto Robert Koch, em colaboração com os Ministérios do Interior e da Saúde alemães, atualizou esta tarde a classificação dos países segundo o seu risco, levando Berlim a determinar restrições de viagens para os 20 de mais “alta incidência”.

A decisão, que entra em vigor às 00:00 horas locais de domingo, ou seja, às 23:00 horas de sábado em Lisboa, e implica que os viajantes desses países terão que apresentar um teste duplo negativo para entrar na Alemanha.

O primeiro teste deve ser feito até 48 horas antes do voo e entregue à chegada; o segundo pode ser feito a partir do quinto dia de quarentena, e será obrigatório para os viajantes desses países de “alta incidência”.

A classificação, decidida no início de janeiro, prevê três outros grupos de países: “Áreas preocupantes devido à variante” do vírus, “Áreas de risco particularmente elevado” e regiões “não consideradas áreas de risco”.

No primeiro grupo estão os países onde foram detetadas as variantes do novo coronavírus mais preocupantes no momento: Brasil, Reino Unido e África do Sul, além da Irlanda.

Todos os outros países estão incluídos no grupo de risco, exceto duas regiões na Grécia (Ática e Egeu do Norte) e uma na Noruega (Innlandet), que viram os seus dados melhorar nos últimos 10 dias.

Portugal registou esta sexta-feira 234 mortes relacionadas com a covid-19, o maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia, e 13.987 casos de infeção com o novo coronavirus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Bélgica interdita viagens não essenciais ao estrangeiro

Já a Bélgica decidiu proibir a sua população de fazer viagens não essenciais ao estrangeiro, a partir da próxima quarta-feira até 1 de março, para travar a propagação da pandemia de covid-19, anunciou esta sexta-feira o Governo.

Esta decisão visa conter a disseminação do novo coronavírus e das variantes recentemente surgidas recentemente, proibindo as “viagens de lazer”, através de controlos de fronteira e impondo multas aos infratores.

Os trabalhadores fronteiriços não serão afetados por esta medida.

Esta sexta-feira, teve lugar uma reunião do primeiro-ministro belga, Alexandre De Croo, com os chefes dos governos regionais, para avaliar a situação epidemiológica do país e ponderar novas medidas.A Bélgica, com 11,5 milhões de habitantes, é um dos países europeus mais afetados pela pandemia, tendo já registado mais de 20 mil mortes.

Embora as autoridades belgas considerem ter contido a segunda vaga (registando agora apenas cerca de 2.000 novos casos por dia) do que alguns dos seus vizinhos, como a Alemanha e a Holanda, a contagiosidade da variante britânica do vírus está a provocar sérias preocupações. “É preciso entender que estamos numa situação totalmente excecional”, disse a chefe da diplomacia belga, Sophie Wilmès.

Esta “situação excecional” levou o Governo a lançar um apelo aos seus parceiros da União Europeia para que também proíbam viagens não essenciais ao estrangeiro (incluindo dentro da área de livre circulação de Schengen).

Durante quase três meses, para conter a segunda vaga da pandemia, a Bélgica foi parcialmente confinada, com escolas abertas, mas vários setores de atividade fechados (cafés, restaurantes, teatros, desportos e salões de cabeleireiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência AFP.

ZAP // Lusa

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