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Voos entre Portugal e Reino Unido suspensos a partir de sábado

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Tiago Petinga / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quinta-feira, depois do Conselho Europeu, que as ligações aéreas de e para o Reino Unido ficarão suspensas a partir das zero horas deste sábado, visando diminuir o risco de contágio pela nova variante do coronavírus.

Em declarações aos jornalistas a partir do Palácio de São Bento, em Lisboa, o líder do Executivo socialista precisou que ficam de fora desta suspensão os voos de natureza humanitária para repatriar cidadãos portugueses e britânicos.

O Conselho Europeu decidiu manter as fronteiras da União Europeia (UE) abertas, com as medidas de controlo da pandemia nos aeroportos que estão em vigor.

“Tem havido países com baixíssimas taxas de incidência, por exemplo, na primeira vaga e, na segunda, tiveram altíssimas taxas de incidência. A conclusão que temos tirado é que não é das medidas de fecho de fronteiras internas uma medida eficaz para o controlo da pandemia”, justificou o primeiro-ministro português.

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António Costa frisou o “reconhecimento mútuo” por parte dos países da União Europeia sobre valor dos testes antigénio, os chamados testes rápidos, considerando que estes “facilitarão a confiança para a liberdade de circulação dentro da União Europeia”.

“Houve uma decisão muito importante que foi o reconhecimento mútuo dos testes rápidos de antigénio”, sem necessidade de equipamento laboratorial. Assim, continuou, “ficará facilitada em muito a confiança de todos na liberdade de circulação dentro da União Europeia, passando também a existir, igualmente, uma metodologia comum por todos reconhecido para a realização de estes de antigénio”.

António Costa anunciou estas medidas após ter participado por videoconferência numa cimeira informal de líderes da União Europeia destinada a coordenar entre os Estados-membros as medidas de combate à covid-19.

Portugal terá 70% dos adultos vacinados no fim do verão

Na mesma interveção primeiro-ministro afirmou que o plano de vacinação nacional está em linha com os objetivos da Comissão Europeia e que, sem incidentes ou imprevistos, no final do verão, Portugal terá 70% da população adulta vacinada.

“As propostas da Comissão Europeia estão em linha com o nosso próprio plano de vacinação e as doses que semanalmente Portugal recebe decorrem dos contratos definidos pela própria Comissão Europeia. Portanto, os objetivos estão fixados tendo em conta as doses e o ritmo da sua distribuição“, começou por declarar.

Neste quadro, segundo o primeiro-ministro, “se não houver um percalço no processo de distribuição das vacinas, que estão contratualizadas e calendarizadas, Portugal chegará ao final do verão com condições para ter 70% da população devidamente imunizada”.

No entanto, António Costa quis logo a seguir destacar o seguinte aviso: “Há várias condições que não dependem de nós”, referiu, dando como exemplos mudanças em fábricas da Pfizer ou o recente acidente de viação na autoestrada A2.

“Ninguém sabe se vamos ter outros incidentes. Se não houver incidentes, com o calendário definido e contratualizado entre a Comissão Europeia e as diferentes empresas, assim como com o calendário de distribuição estabelecido para os diferentes países, isso permitirá que em todos, e também é Portugal, 70% da população esteja devidamente vacinada e imunizada”, frisou.

Sara Silva Alves, ZAP // Lusa

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