A reativação do géiser mais ativo do mundo, no Parque Yellowstone, não representa um alerta de erupção nesta área turística, localizada numa grande caldeira vulcânica.
Em 2018, quando o géiser Steamboat, o mais ativo do mundo, despertou após três anos e meio de inatividade, alguns cientistas especularam que poderia ser um prenúncio de erupções vulcânicas explosivas na bacia de géiseres do Parque Yellowstone.
No entanto, um novo estudo, que será publicado no dia 12 de janeiro na Proceedings of the National Academy of Sciences, encontrou poucas evidências de movimento de magma subterrâneo, um pré-requisito para uma erupção, na área do géiser Steamboat.
“As explosões hidrotérmicas (água quente que explode porque entra em contacto com a rocha quente) são um dos maiores perigos em Yellowstone”, disse Michael Manga, professor de ciências terrestres e planetárias da Universidade da Califórnia, em Berkeley, em comunicado.
Estas explosões – que lançam lama, areia e pedras para o ar e libertam vapor quente – são problemáticas porque “são muito difíceis de prever”, completou o investigador.
A equipa que Manga liderou descobriu que, apesar de o solo ter subido e a sismicidade ter aumentado ligeiramente antes de o géiser despertar, nenhum outro géiser dormente na bacia deu sinais de alerta. Além disso, a temperatura do lençol freático que desencadeou as erupções do Steamboat não aumentou.
“Não encontramos nenhuma evidência de que uma grande erupção está iminente. Acho que é uma conclusão importante“, rematou o líder da investigação.