Portugal recebeu esta segunda-feira o segundo lote de vacinas contra a covid-19. A bastonária da Ordem dos Enfermeiros salientou que o primeiro dia de vacinação em Portugal foi “importantíssimo”.
Segundo a TSF, as mais de 70 mil doses chegaram esta segunda-feira e o processo de vacinação neste segundo dia foi acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. A governante destacou o “momento simbólico” numa unidade com “um desempenho significativo” no combate à pandemia.
“Desde há longos meses trabalham para que os portugueses tenham os melhores cuidados em ambiente de pandemia. É muito bom partilhar com eles a sua própria vacinação. É um sinal de esperança”, afirmou Temido, acrescentando que as novas 70 mil doses permitem alargar a vacinação a mais unidades de saúde e aos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Em entrevista à SIC Notícias, Diogo Serras Lopes, secretário de Estado da Saúde, avançou que até às 21h de domingo já tinham sido vacinados 4.534 profissionais de saúde em Portugal. “O primeiro dia de vacinação correu muito bem“, disse.
Serra Lopes adiantou que, nos cinco centros hospitalares que já começaram a vacinar, não houve qualquer ocorrência reportada. Apesar disso, o secretário de Estado apontou que é natural que possa existir algum tipo de problema pontual, dado que se trata de uma campanha de vacinação com “números um bocadinho maiores do que o costume”.
“No geral as pessoas foram vacinas com toda a tranquilidade, os registos foram feitos em sistema e para primeiro teste diria que o dia correu muito bem”, sublinhou.
Este sábado chegou a Portugal o primeiro lote com 9.750 vacinas, desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech, reforçado com a antecipação da entrega de mais 70.200 doses esta segunda-feira. O total disponível para administração até ao final do ano será elevado para 79.950 vacinas, segundo o Ministério da Saúde.
No primeiro dia da vacinação, em declarações à RTP, Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, reconheceu a importância de se iniciar o plano de vacinação pelos profissionais de saúde e considerou ser “importantíssimo este dia de arranque da vacinação”.
“Felizmente, ainda não morreu nenhum enfermeiro por covid-19”, disse a responsável, sublinhando, no entanto, que “no mundo inteiro morreram milhares de enfermeiros com esta doença”.
“Portugal é do países do mundo que tem menos enfermeiros por mil habitantes e portanto, se muitos estiverem isolados, de quarentena ou infetados, vão-nos faltar enfermeiros para tratar das pessoas”, referiu ainda, citada pelo Jornal Económico.
Depois de ter sido vacinado no Hospital de São João, no Porto, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, disse não ter tido sintomas adversos e lembrou que é necessário ter 70% dos portugueses vacinados para atingirmos a imunidade de grupo.
“Enquanto isso não acontece, vamos ter de usar máscara e a respeitar distanciamento físico durante vários meses. Pelo menos, até ao verão”, disse, em declarações à SIC Notícias.
À semelhança da maioria dos 27 Estados-Membros da União Europeia, o plano de vacinação em Portugal arrancou este domingo, nos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central, e entra esta segunda-feira no segundo dia.
O médico António Sarmento, de 65 anos, diretor do serviço de infecciologia do Hospital de São João, foi o primeiro vacinado na unidade do Porto, onde foram administradas 2.125 vacinas no arranque da campanha.
Em Lisboa Central, que abrange os hospitais de São José e Curry Cabral, foram vacinados 1.241 profissionais, enquanto em Lisboa Norte, que compreende os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, foram administradas 515 doses.
O plano prevê que sejam vacinadas até abril cerca de 950 mil pessoas dos grupos prioritários definidos pela task-force: pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, utentes e trabalhadores de lares e profissionais de saúde e de serviços essenciais.
A primeira fase de vacinação, que arrancou no domingo e se prolonga até final de março de 2021, tem prevista a chegada de 1,2 milhões de doses de uma vacina que é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Liliana Malainho, ZAP // Lusa
Por este andar de caranguejo, nem daqui a dois anos estamos vacinados.
Depois do “pífio” espetáculo mediático organizado pelo MS-SNS, vangloriando-se a sr.a Ministra com as vacinas cedidas pela UE, estes senhores não são capazes de me dizer quando é que eu vou ter acesso à vacina.
Bela coisa…! Pelo andar desta carruagem de bois, a “porcaria” da vacinação só irá terminar daqui a um ano. No entanto, e enquanto ainda não chega esse tempo de luz, esta ministra da Saúde anda aí a passear sem a Filarmónica atrás dela. Está bem esquecida…