Mário Centeno vai esta terça-feira ao Parlamento, enquanto governador do Banco de Portugal, para falar sobre os prémios no Novo Banco.
A gestão do Novo banco pode receber, em 2022, prémios referentes ao desempenho do banco em 2019, no valor de quase dois milhões de euros, apesar de o montante poder ainda ser reduzido.
Enquanto ministro das Finanças, Mário Centeno alertou que o banco podia recuar nessa opção. Meses depois, António Ramalho confirmou numa entrevista à SIC Notícias que o pagamento dos prémios estava em cima da mesa. Agora, chegou a vez de Mário Centeno se pronunciar enquanto governador do Banco de Portugal (BdP).
Em maior de 2020, no Parlamento, Centeno disse que “o Governo concorda com a orientação da EBA [a autoridade bancária europeia] sobre dividendos e prémios”. “E essa orientação foi a que o acionista Fundo de Resolução transmitiu ao Novo Banco. Nós, acompanhando o Fundo de Resolução, temos uma opinião muito clara sobre os prémios.”
De acordo com o Expresso, quando o Fundo de Resolução se apercebeu de que o Novo Banco se preparava para dedicar dois milhões de euros para bónus, optou por retirar o valor da transferência anual. Em vez dos 1.037 milhões solicitados pela instituição, transferiu apenas 1.035 milhões.
Mesmo perante o facto de o Novo Banco ter cumprido quase totalidade das metas acordadas com a Comissão Europeia, o Governo mostrou-se contra a atribuição dos prémios.
O pedido de Mário Centeno foi remetido para consideração pelo comité de remunerações do Novo Banco. No entanto, numa entrevista à SIC Notícias na semana passada, António Ramalho disse que os prémios de 2019 ainda podem ser pagos. “Esse valor poderá ou não ser recebido”, disse, mostrando que o pagamento ainda continua em cima da mesa.
Em setembro, o gestor disse, no Parlamento, que a discussão sobre os bónus é apenas um assunto de “contabilidade”. Agora, cabe ao governador do Banco de Portugal dar uma palavra.
Apesar de o requerimento do PAN ter sido feito com Carlos Costa no cargo, é Mário Centeno que vai sentar-se na comissão de Orçamento e Finanças, agendada para as 9h30 desta terça-feira, sobre o plano de atividades do Banco de Portugal e a auditoria ao Novo Banco, a pedido do CDS.
No requerimento do PAN lê-se que o Banco de Portugal, “como responsável pela entidade competente pela supervisão bancária”, deveria tomar “posição sobre esta decisão” e informar os deputados “sobre se pretende tomar medidas para travar esta decisão e evitar que decisões similares se repitam enquanto o Novo Banco continuar a beneficiar de injeções de dinheiros públicos”.
Conclusão andam a dar premios num banco que tem defice? Quem os está a pagra são os contribuintes portugueses? A mesma situação da TAP. O que se fez? Exigiu-se a devolução? Nãooooo Paga Burros – isto é Gozar com todos nós, estamos Fartos de pagar o que não nos compete a Boys que nada fazem.