Um monitor que dava aulas de informática e apoio a actividades de tempos livres foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de que abusou de várias crianças em colégios considerados de referência no distrito de Cascais. Tem 18 anos e está em prisão preventiva.
Os abusos terão decorrido durante os passados meses de Setembro e Novembro em, pelo menos, dois colégios de Cascais, onde o jovem trabalhou.
O Correio da Manhã (CM) salienta que foram identificadas 10 vítimas até ao momento, 7 no Colégio dos Maristas de Carcavelos e 3 noutro colégio.
A PJ não esclarece estes dados, mas confirma a detenção do jovem de 18 anos “por fortes indícios da prática de inúmeros crimes de abuso sexual de crianças“.
O monitor “terá praticado actos sexuais de relevo sobre várias crianças do género masculino, com idades compreendidas entre os 7 e os 11 anos” durante o “período escolar e pós-escolar”, como nota a força policial.
“O abusador exercia funções de auxiliar de acção educativa, técnico de informática e audiovisuais, para além de formador de actividades de enriquecimento curricular naqueles estabelecimentos, tendo aproveitado a proximidade e a confiança que mantinha com as crianças para assim consumar os actos ilícitos”, refere ainda a PJ.
O processo foi despoletado por denúncias dos pais das vítimas.
Fonte do Colégio Marista de Carcavelos confirma ao CM que recebeu a primeira queixa no dia 10 de Novembro e que foi logo “accionado o Protocolo Interno de Protecção de Menores” e que foram informadas as “autoridades competentes”.
O jovem foi de imediato suspenso e proibido de entrar nas instalações do colégio, assegura ainda a instituição.
Entretanto, foi detido nesta segunda-feira depois de ter sido interrogado pelas autoridades e está em prisão preventiva, após ter sido presente a um juiz.
A investigação continua e a PJ admite “a possibilidade da existência de mais vítimas”.