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Vacinação será “grande prioridade” de presidência portuguesa da UE

Stephanie Lecocq / POOL / EPA

António Costa (esq) com o presidente do Conselho da Europa, Charles Michel

O primeiro-ministro português, António Costa, referiu hoje que a vacinação contra a covid-19 deverá ser uma das “grandes prioridades” da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), após um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

“Este é o momento de nos prepararmos todos para aquela que é a grande prioridade da humanidade no próximo ano e da Europa no próximo semestre: conseguir garantir que temos disponível uma vacina que tenha uma eficácia efetiva para travar a covid-19″, disse António Costa, em conferência de imprensa,

Segundo o primeiro-ministro português, o objetivo é obter uma vacina “que nos permita chegar no mesmo dia a todos os países da Europa e, a partir daí, assegurar uma vacinação justa que assegure uma imunização global contra a covid”.

O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sublinhou também que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) terá lugar num “momento histórico”, porque deverá liderar a “UE para uma era pós-covid”.

“A sua presidência chega num momento crucial para a Europa, talvez até mesmo num momento histórico, porque a sua presidência irá liderar a União Europeia (UE) rumo a uma era pós-covid”, sublinhou o presidente do Conselho Europeu.

Plano de vacinação apresentado na quinta-feira

O plano nacional de vacinação contra a covid-19 vai ser apresentado na quinta-feira, anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa, que se reúne na véspera com a equipa que está a elaborar este plano.

Hoje, em entrevista à rádio Observador, o primeiro-ministro anunciou que na quinta-feira será apresentado o plano de vacinação de combate à covid-19, rejeitando que Portugal esteja atrasado em relação a outros países por considerar que o país está “bem a tempo”.

“O que é fundamental é no dia em que a vacina esteja disponível tudo esteja montado para que a vacina seja atribuída”, defendeu o primeiro-ministro português, considerando que “não vale a pena antecipar ansiedades quando já há suficientes motivos para estarmos ansiosos”.

Na reunião com o grupo de trabalho que está a elaborar o plano de vacinação participam ainda os ministros de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Saúde, Marta Temido, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, assim como o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes.

António Costa assegurou que Portugal começou a trabalhar neste plano praticamente desde o início da pandemia e que fez a encomenda máxima por cada lote a que tinha direito, estando o plano logístico “a ser montado e a ser trabalhado”.

“A Agência Europeia do Medicamento prevê vir a licenciar as vacinas de fim de dezembro a princípio de janeiro, portanto, nós temos de ter as coisas prontas para quando a vacina existir”, apontou, deixando uma mensagem de tranquilidade quanto ao processo. De acordo com o primeiro-ministro, a Comissão Europeia ainda não deu uma data.

Portugal registou esta terça-feira mais 2.401 novos casos de covid-19, tendo ultrapassado a barreira dos 300 mil casos desde o início da pandemia no país, em março, segundo a Direção-Geral da Saúde.

ZAP // Lusa

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