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A chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam
A chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, revelou esta semana ter “pilhas de dinheiro” em casa por causa das sanções norte-americanas.
Em declarações à International Business Channel, a líder do Executivo de Hong Kong disse que o Governo está a pagar o seu salário em numerário depois de as sanções aplicadas pelos Estados Unidos impedirem instituições financeiras de fazerem negócios consigo e com outras 14 autoridades acusadas de minar a autonomia de Hong Kong.
“Tenho muito dinheiro em casa. O Governo está a pagar-me em dinheiro porque não tenho uma conta bancária (…) Estou a usar dinheiro em numerário para todas as coisas”, disse Carrie Lam em declarações à emissora local, citada pela revista Vice.
A líder de Hong Kong é um dos políticos mais bem pagos do mundo, recebendo um salário anual de 672.000 dólares, cerca de 562.601 euros. A título de comparação, o Presidente norte-americano aufere anualmente 400.000 dólares, cerca de 334.882 euros.
A antiga colónia britânica prometeu um elevado grau de autonomia quando voltou ao domínio chinês em 1997, mas Pequim apertou drasticamente o seu controlo sobre a cidade depois dos distúrbios anti-governamentais do ano passado.
Ao sancionar Carrie Lam, o Tesouro norte-americano acusou a líder de ser “diretamente responsável” pela implementação de “políticas de supressão de liberdade e dos processos democráticos de Pequim” na cidade.
Em junho, Pequim implementou uma dura lei de segurança nacional, que permite que agentes da China continental operem na cidade e dá aos agentes locais largos poderes de vigilância e detenção. Vários livros foram retirados das bibliotecas de Hong Kong.
Temendo serem presos, alguns ativistas pró-democracia fugiram de Hong Kong e procuraram refúgio em democracias desde Taiwan ao Canadá.
